O “3º Festival Folclore do Rasqueado de MT em Cuiabá ” foi realizado nesta sexta- feira dia 22 de Agosto, das 8h às 22h, na Praça Ipiranga, com diversas apresentações artísticas culturais.
A rainha do rasqueado Flor Morena anima o festival, dentre outros
artistas ,como diversas apresentações culturais e musicais na praça Ipiranga, com
feira de artesanato, exposição de trabalhos artesanais, culinária cuiabana e
regional ,tudo isso para a população e
para todos aqueles que são apaixonados pelo Rasqueado de MT.
Terá música regional interpretada por vários artistas
locais, dança, comidas regionais, declamação de poesias, exposição e
comercialização de artesanato.
Além de brindes “presenteando” aqueles que estiveram na
Praça Ipiranga em Cuiabá, comemorando
muito o festival.
Para celebrar o Festival de Rasqueado aqui em Cuiabá, como também valorizar o rasqueado de Mato Grosso.
Aqui esteve aqueles
que são apaixonados pela cultura cuiabana e sobre tudo pelo rasqueado cuiabano,
apoiando o evento como sempre Dona Janete Riva, Edmilson Maciel, as Mulheres do
Artesanato em Ação, representadas pela Andréia Dias, a artista Margareth , o
Adm. Régis Oliveira ,a turma do Gastão, o Secretário de Cultura, grupos de
cururu da baixada cuiabana, Flor Morena e outras personalidades participaram e animaram
o festival.
Haverá ainda performances das artistas plásticas, musicais ,Também
haverá exposição de arte em argila por Alair Fogaça e uma viola de cocho que
será produzida em pedra pelo escultor Dogan.
O evento é uma realização de Margarete Xavier e Gastão
Sonorização e Eventos, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Mato
Grosso (SEC-MT),com o apoio da Futura
Primeira Dama de MT ,dona Janete Riva, do Governador José Riva.
Dia do Rasqueado, nossa História:
O evento visa comemorar o Dia Estadual do Rasqueado, que de
acordo com Lei Estadual nº 7.383 é celebrado no dia 07 de abril e em consonância com a Lei Estadual de nº
8.203 que torna o rasqueado música símbolo, bem como, valorizar a produção musical da cidade, por meio do
incentivo e participação dos artistas da regiãoa realizarem o presente projeto. E o espaço é aberto ao público para quem
quiser declamar o seu amor a Cuiabá.
O rasqueado começou após o fim da Guerra da Tríplice Aliança
(Guerra do Paraguai), que com a retomada de Corumbá, os prisioneiros de guerra
(paraguaios) e refugiados, ficaram confinados a margem direita do rio Cuiabá, hoje
cidade de Várzea Grande, assim miscigenando-se. Considerado manifestação
cultural como chinfrins (baile da ralé), fazia-se presente nas festas juninas,
carnaval etc; Nsse tempo foi conhecida como: limpa banco, arrasta-pé,e obviamente
rasqueado.
Após a proclamação da Republica, os senhores imperiais
precisavam ser eleito pelo voto do povo, levou os coronéis a aproximar a elite
com os ribeirinhos, acarretando nos primeiros “showsmicios”. Nos primórdios dos
anos 20, com o crescimento da baixada cuiabana, aparece as primeiras zonas de
prostituição, e as prostitutas cantavam os pré-rasqueado, e o siriri, época que
quem tinha rádio eram apenas as famílias ricas, e as prostitutas eram filhas de
famílias pobres. Do convívio destas com os coronéis e os músicos nos cafés,
então saíram as partituras.
A entrada dos instrumentos de sopro (sax, trombone,
trompete, clarinete, etc.) caracteriza com musica e dança urbana.
É dia de comemoração da música símbolo de Cuiabá com o 3º
Festival de Rasqueado de MT:
Ainda nesse período a elite social abominava o rasqueado nos
saraus, por considerar coisa de “gente de beira de rio”. Contudo, esse quadro
discriminatório veio ser mudado nas décadas 30 e 40, com o Mestre Ignácio,
Honório Simaringo, conjunto Serenata, e as pianistas Zulmira Canavarros e Dunga
Rodrigues, infiltrando o rasqueado nas noites de sarau.
O rasqueado cuiabano uniu nos primórdios os refugiados
ex-prisioneiros aos ribeirinhos matogrossense, e depois a elite imperial. Ao
passar pelo ostracismo na década de 80, devido ao fluxo migratório dos sulistas
no estado, voltou com força graças ao empenho de várias alas de músicos,
exemplo, Henrique e Claudinho, Roberto Lucialdo, Vera e Zuleica.
Foi no começo do ano de 1993, com a realização do projeto
Rua do Rasqueado de autoria do Guapo, juntamente com a Secretaria Municipal de
Cultura, e a Cervejaria Cuiabana que o ritmo começou a popularizar. A partir
desse momento, o rasqueado tem um novo impulso, surgem diversas bandas, como
por exemplo: “Ventrecha de Pacu”,“Viola-de-Cocho”, entre outras. Surgem daí
diversos eventos embalados pelo hino do rasqueado “Pixé”, composição do poeta
Moisés Martins, com arranjo musical de Pescuma, e é neste período que a Rua do
Rasqueado novamente toma fôlego, quando em 2009 é realizado o “I Festival de
Rasqueado”.
Mestre Ignácio, Mestre Albertino, José Angêlo, Luís Cândido,
Luís Marinho, Luís Duarte, Bolinha, Juca de Mestre,João Marinho, Requeng, Cinco
Morenos, Conjunto Serenata, Zulmira Canavarros, Mariano Mônaco, Dunga Rodrigues,
Honório Simaringo, Cesino de Matos, Tote Garcia, Vicente dos Santos, Namy
Ourives e Edna Vilarinho.
Hoje o Rasqueado Cuiabano está representado pelos cantores e
compositores, o Trio Pescuma, Henrique e Claudinho, Gilmar Fonseca, João Eloy e
Nádia Neves, Dílson de Oliveira, Moisés Martins, Guapo, Vera e Zuleica, o Rei
do Rasqueado o compositor, cantor e produtor musical Roberto Lucialdo, e
cantora e compositora Flor Morena.
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