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terça-feira, 5 de maio de 2015

"ARTIGO : Mortes inúteis de gente útil – 1"

 O Brasil vem de uma guerra civil silenciosa e constante. A violência cresce as estatísticas oficiais mascaram o que podem pra não admitir a sua incompetência em lidar com os problemas sociais. Falhou-se vergonhosamente na educação, e a educação falha replica na saúde ruim, mas se multiplica numa violência inglória. O combate à violência não vai além de estatísticas mascaradas.
            O professor Daniel de Castro Cerqueira, pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão da presidência da República, concluiu recente pesquisa sobre os homicídios na faixa dos 15 aos 19 anos de idade. E concluiu que “ num momento em que a sociedade brasileira está ficando mais velha, o Brasil está matando os seus jovens”. E mais: “Em 2014, os homicídios de pessoas na faixa dos 15 aos 29 anos de idade custaram ao Brasil R$ 88 bilhões em perdas, ou, 1,6% do Produto Interno Bruto-PIB. Em 2012 30 mil jovens nessa faixa de idade foram assassinados. “Estamos jogando fora o principal capital do pais, que são as pessoas”, diz o professor. “ É um problema dramático que vai além da segurança pública, afeta também a economia e a produtividade”.
            O cálculo sobre o PIB leva em consideração o que a pessoa assassinada deixou de consumir e produzir, além dos gastos para a sociedade com saúde, segurança pública e privada, capital humano e prisões, que chegou a R$ 299 bilhões em 2014 ou 5,41% do PIB, contra R$ 258 bilhões em 2013. As mortes na faixa citada mexem no número total de 51 milhões, que é a massa entre 15 e 29 anos de idade no país.
            De novo, diz o professor: “Nunca tivemos e nunca mais teremos jovens tanto quanto hoje. É uma oportunidade perdida”. A partir de 2020 ele estima que a massa de jovens masculinos nessa idade vai diminuir gradativamente, passando dos atuais 14,4% do total em 2010 para 7,9% em 20150, uma queda de 5.5%.
            Os números de assassinatos mostram crescimento. Entre 2002 e 2012 saltaram de 49.965 para 56.337, segundo o Ministério da Saúde.  O maior crescimento se deu a partir de 2007, junto com a expansão do tráfico de drogas. Segundo o IPEA, de 2000 a 2011, o consumo de drogas ilícitas aumentou 700% no Brasil. A expansão veio junto com o aumento de renda e chegou às cidades médias e pequenas do país, levando junto a violência. O assunto continua amanhã.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

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