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segunda-feira, 10 de julho de 2017

"53ª EXPOAGRO : Produtores defendem que planejamento e ciência estão entre as soluções para o futuro do Agronegócio"

Investir em novas tecnologias, planejar o futuro e escolher as realidades possíveis para o melhor desempenho da produção agropecuária são algumas das soluções apontadas pelos principais representantes do agronegócio mato-grossense na abertura do 2º Fórum das Cadeiras Produtivas. O presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires, fez a abertura do evento na manhã desta segunda-feira (10). O Fórum segue até sexta-feira (14.07), durante a 53ª Exposição Agropecuária de Cuiabá (Expoagro), no Pavilhão de Leilões do Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro.


O principal painel realizado na manhã desta segunda teve o tema ‘Agronegócio nos dias de hoje e perspectivas para o futuro’, sob o comando da especialista no setor Samantha Pineda, teve o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi como principal palestrante.

Maggi destacou que tudo que os setores produtivos têm de vantagem e de bom – como alta produtividade, aumento anual de produção e grande oferta de produtos – em algum momento se transforma em problema porque se depara com gargalos como o logístico, a burocracia ou mercado internacional fechado.

Conforme o ministro, é preciso focar nos investimentos em ciência e tecnologia para o setor não ficar para trás. “O Brasil é grande exemplo que o investimento nestas áreas do conhecimento garante transformações substanciais para o desenvolvimento. Há cerca de 40 anos o país importava praticamente tudo o que consumia em alimentos, com exceção do açúcar e do café. Hoje, somos um grande país exportador. E isso se deu graças ao investimento em tecnologias que melhoraram os processos internos em um passado não tão distante”, enfatizou o ministro Maggi.

Ainda sob a perspectiva do mercado internacional, Maggi conclamou os produtores rurais e criadores presentes no Fórum das Cadeias Produtivas, que passem a importar mais. “O mercado é uma via de mão dupla. Da mesma forma que exportamos, também precisamos importar para garantir que a balança comercial fique equilibrada. Hoje nossa importação representa cerca de apenas 11% do que exportamos no país”, ponderou Maggi.

Convicto de que o investimento em pesquisa para ampliar o know-how tecnológico e que o planejamento da agricultura em longo prazo é o meio mais eficaz para se alcançar a excelência no agro, o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, defendeu que somente pela ciência é possível modelar os futuros possíveis.

“E se somos capazes de modelar os futuros, também somos capazes de escolher qual é o futuro que mais nos interessa. Essa é a receita de países desenvolvidos e que investiram em pesquisa para solucionar suas crises”, destacou Lopes.

O presidente Embrapa chamou a atenção para o fato de as vantagens competitivas do contemporâneo assim como as comparativas, não serão as vantagens competitivas para o futuro próximo, a exemplo das revoluções que a tecnologia vem promovendo seja nas indústrias, como na forma que as pessoas se relacionam e demandam por setores como o transporte – o Uber em relação ao táxi ou a foto digital em relação à foto analógica que precisa de filme em menos de 15 anos atrás, exemplifica.

No que tange o planejamento científico e programático para as cadeias produtivas, o presidente da Federação Mato-grossense da Agricultura e Pecuária (Sistema Famato), Normando Corral, afirma que é preciso um planejamento institucionalizado em nível de Brasil.

“Essa institucionalização do planejamento é um garantia para que nosso ritmo de produção não seja em vão. Quando se planeja investimentos e caminhos a serem seguidos, a produção também assume um papel mais eficiente, o que motiva os produtores rurais e pecuarista a continuar fazendo seu papel”, ressaltou.

Entre os pontos que ainda demandam planejamento e investimento estratégico é a logística, que de acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Endrigo Dalcin, a não resolução do problema leva em perdas significativas para os produtores rurais.

“Estive recentemente na China e a reclamação é que nós demoramos demais para entregar nossos produtos. Isso significa que, mesmo tendo uma das melhores sojas do mundo em qualidade e produtividade, não temos eficiência da porteira para fora, e toda essa qualidade se perde no caminho, na espera, nos percursos pouco eficazes”, falou Dalcin.

Ainda em relação à necessidade de planejamento, Endrigo Dalcin disse que o país precisa pensar o crédito rural como acontece nos Estados Unidos, cujo planejamento se refere a cada quatro anos.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Marco Túlio, afirma que o setor pecuário pede socorro, dada à gravidade dos problemas que o cercam. “Nos últimos 10 anos, temos sofrido com o grande aumento do custo de produção, o que tem se intensificado nos últimos meses. A pecuária está se tornando insustentável. Mesmo com todos esses desafios ainda temos feito muitos investimentos em tecnologias, melhoramento genético e buscado as melhores formas de garantir que a carne chegue à mesa do consumidor, seja no mercado interno como no mercado externo”, destacou Marco Túlio.

Já o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Alexandre Shenkel, avalia que todas as cadeias produtivas que compõem o Agronegócio, têm se demonstrado muito eficientes. “Entre os produtores de algodão o destaque é que 82% das fazendas mato-grossenses são certificadas pela sustentabilidade ambiental e social. Na próxima safra 2017/2018 queremos chegar a 100% de fazendas certificadas em Mato Grosso”.

O ex-secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec/MT), Ricardo Tomczyk ponderou que o trabalho dos produtores rurais tem sido feito a duras penas. “Na experiência que tive como secretário pude perceber que o Estado tenta fazer o melhor, mas existem facções dentro da própria máquina pública que impedem o desenvolvimento do país”, asseverou.

Neste viés, o ministro Blairo Maggi enfatizou que tem adotado uma política de desburocratização da economia, para todos os agentes das cadeias produtivas encontrem a excelência.

O Fórum das Cadeias Produtivas com a participação do senador Cidinho Santos (PR), do secretário de Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Vinycius Hugney, do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Arnaldo Emanuel de Souza Machado Borges entre outras autoridades e representantes do agronegócio do Estado e do país.

Fórum – O Fórum das Cadeias Produtivas contou ainda com o painel sobre a importância do FCO Rural no desenvolvimento do Estado. O evento está sendo realizado no Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro, em Cuiabá, onde acontece a 53ª Expoagro.

Nesta terça-feira (11.07) o Fórum continua com a etapa Cuiabá do Circuito de Melhoramento Genético (Genapec).

ZF PRESS

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