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sábado, 14 de abril de 2012

"Deficiência do ensino rural compromete futuro do país"

Audiência na CRA avaliou a importância do programa do governo federal para a educação no campo, onde estão 49% das escolas brasileiras. Quase 8 mil delas nem sequer têm acesso à água potável.
O cenário da educação na área rural do país — onde 23,18% das pessoas com mais de 15 anos (quase 5 milhões) são analfabetas e 59% não concluíram o ensino fundamental — compromete o desenvolvimento do país. Nos últimos cinco anos, mais de 14 mil das 76 mil escolas existentes na área rural fecharam as portas. Esses dados foram debatidos na sexta-feira na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), que avaliou o Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), lançado pelo governo federal em março.

As diretrizes do programa foram, em geral, bem avaliadas pelos participantes do debate. Acir Gurgacz (PDT-RO), que preside a comissão, salientou que o Pronacampo é uma "tentativa de resposta e solução" aos problemas do campo e que o governo pretende investir nele R$ 1,8 bilhão. O programa prevê reforma e construção de escolas, formação de professores e melhoria nas condições de transporte dos alunos, contemplando áreas quilombolas e comunidades tradicionais.

Há muito tempo a escola rural está abandonada, os alunos percorrem enormes distâncias, atravessando rios e estradas em péssimas condições para ir às cidades — disse.

Coordenador do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Getúlio Nunes disse que, com o Pronacampo, a entidade estará habilitada a oferecer educação formal e ensino tecnológico. A meta é ofertar 50 mil vagas em cursos.

O campo cresceu em tecnologia. Hoje há equipamentos computadorizados com aparelhos de localização GPS. O trabalhador precisa de formação mais completa, é preciso ensiná-lo a operar máquinas sofisticadas — afirmou.

Para a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Eliene Rocha, o Pronacampo é uma "conquista valiosa" do movimento educacional e da sociedade civil organizada. Ela disse que ninguém permanece no meio rural só porque tem escola, sendo preciso haver oportunidade de lazer, trabalho e formação.

Representando o Ministério da Educação, Antônio Lídio de Mattos disse que o Pronacampo vai enfrentar o problema da educação no aspecto estrutural. Segundo ele, no meio rural, que abriga 49% das escolas brasileiras e mais de 6,2 milhões de matrículas, 182 mil professores atuam sem formação, 90% das escolas não têm internet e quase 8 mil não têm acesso à água potável. 
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Acir Gurgacz

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