Mato Grosso, um dos maiores exportadores do país, tem
a necessidade emergencial de ampliar a integração econômica e a
competitividade exigida pelo mercado internacional. A construção do
sistema de transporte ferroviário, como importante eixo intermodal de
transporte, também exigirá a construção de uma eficiente malha
ferroviária, interligando os centros produtivos do Estado a todas
regiões brasileiras.
Nesse sentido, o governador Silval Barbosa está
cumprindo as prioridades dentro das metas do plano de governo, com as
ações e articulações de investimentos no setor ferroviário em Mato
Grosso, conforme o Plano Estadual de Logística em Construção.
Em plena atividade há 10 anos, a Ferrovia Senador
Vuolo, atualmente, está com os terminais de Itiquira, Alto Taquari e
Alto Araguaia, operando 24 horas por dia. Recebe 800 a 900
caminhões/dia, além da capacidade atual de carregamento diário de cerca
de 600 vagões. Nesses terminais são transportados, anualmente, 12
milhões de toneladas de grãos, com perspectivas de aumentar para 14
milhões de toneladas/ano, com o terminal de Itiquira.
Até o início de 2013, estará pronto o terminal em
Rondonópolis, considerado a maior área de um terminal ferroviário na
América do Sul. Com isso, a capacidade de transporte de carga deve
ultrapassar o total de 19 milhões toneladas/ano de grãos, com destino ao
porto de Santos.
A próxima etapa, Rondonópolis - Cuiabá está na fase
de elaboração tanto do projeto básico como o de impacto ambiental. Nesse
trecho, além do escoamento da produção da região central do Estado em
direção ao porto de Santos, o projeto ferroviário também se estenderá ao
transporte de pessoas.
Quando a ferrovia chegar em Cuiabá, sairão duas
ramificações de integração do transporte intermodal: a Cuiabá-Santarém e
a Cuiabá-Vilhena, também conhecida como Ferrovia FICO. São corredores
logísticos que permitirão a saída da produção mato-grossense,
respectivamente, para o norte e para o leste.
Para o trecho da ferrovia Cuiabá-Santarém será feita
uma licitação, em fase de estudos de viabilidade econômica, técnica e
ambiental. Esse trecho tem despertado interesse de investidores
chineses. Para sua implantação, abrangendo uma extensão de 1.800 km de
ferrovia, estão estimados investimentos na ordem de 10 a 15 bilhões de
reais e o prazo de dez anos para conclusão total do trecho.
O modelo de concessão do trecho Cuiabá-Santarém -
além da saída e escoamento da produção mato-grossense com destino à
Europa, aos Estados Unidos e à Ásia - permitirá potencializar a carga de
retorno, principalmente, com produtos da Zona Franca de Manaus, fazendo
um corredor de escoamento até Cuiabá, em direção a São Paulo e ao sul
do país.
Outro projeto ferroviário em andamento é o da
integração Centro-Oeste e Norte-Sul, interligando os estados do
Maranhão, Tocantins, Goiás e Mato Grosso. A partir de Campinorte (GO), a
ferrovia (no trecho de Mato Grosso) terá a extensão de 900 km e passará
pelos municípios mato-grossenses de Cocalinho, Água Boa e Lucas do Rio
Verde.
A primeira etapa, de Campinorte (GO) até Lucas do Rio
Verde, o projeto executivo do Governo Federal abrirá duas licitações:
uma para as obras e outra para a concessão. A licitação da obra está
prevista para ocorrer no 2º semestre de 2013 e o início dessas obras
para 2014. A 2ª etapa será a construção do trecho Lucas do Rio Verde à
Vilhena (RO), numa extensão de 1.640 km.
É importante destacar que, além da implantação de
todas essas linhas ferroviárias, o governador Silval Barbosa determinou a
realização de estudos, dentro do Plano Estadual de Logística, para
investimentos de ampliação de diversas malhas ferroviárias de integração
entre os centros produtivos. Um exemplo é o projeto de construção de um
eixo ferroviário em Cáceres para atender a Zona de Processamento de
Exportação (ZPE-MT).
No modal rodoviário, o governo também está
desenvolvendo o Programa Mato Grosso Integrado, Sustentável e
Competitivo, para pavimentar dois mil km de estradas estaduais,
interligando 44 municípios. O investimento fará duas interligações
regionais: a MT-020 (Canarana-Parantinga) e a MT-338 (Juara-Tapurah).
José Lacerda é secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso.

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