O ministro da Secretaria de Aviação Civil,
Wagner Bittencourt, garantiu que as obras em aeroportos estarão
concluídas até a Copa de 2014. Ele participou de audiência pública da
Comissão de Turismo e Desporto da Câmara que debateu, nesta
quarta-feira, o plano de investimento e as obras de modernização,
adaptação e recuperação aeroportuária.
Diante de críticas quanto a supostos atrasos no cronograma de obras, o
ministro afirmou que o País chegará a 2014 com aeroportos mais seguros,
com menos atrasos nos voos, com funcionários mais bem capacitados e com
maior capacidade de atendimento aos passageiros.
Bittencourt enumerou os ganhos esperados com o investimento na rede
da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero): 10,5
mil metros de pista a mais, 380 mil metros quadrados de pátio, 289 mil
metros quadrados de terminais de passageiros atendendo e aumentando a
capacidade em 95 milhões de passageiros/ano. “Isso significa algo em
torno de 53% do volume de passageiros transportado em 2011. Tudo isso
será concluído até o ano de 2014 para atender a Copa do Mundo".
Privatização
Recentemente, os aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas foram privatizados. Segundo Bittencourt, o montante de investimentos públicos e privados até a Copa será de R$ 8,4 bilhões. Desse total, haverá aportes de R$ 4,8 bilhões da Infraero e de R$ 3,6 bilhões das concessionárias.
O ministro lembrou que o PAC 2 contempla 57 ações nos aeroportos,
sendo três deles em sedes da Copa e nove em outras cidades. Desse total,
15 ações já foram concluídas, 25 estão em andamento, 3 passam por
licitação e 14 estão em fase preparatória.
Durante a audiência, o presidente da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), Marcelo Guaranys, afirmou que algumas empresas, inclusive,
já estariam investindo além do previsto no contrato de concessão. “Por
exemplo, em um terminal para 5 milhões de passageiros, eles já estão
dizendo que vão fazer para 9 milhões de passageiros. Para eles, pode ser
vantajoso já antecipar investimentos que terão de fazer logo depois".
O novo terminal de Guarulhos, em São Paulo, por exemplo, terá
capacidade de 12 milhões de passageiros, 5 milhões a mais do que o
previsto na privatização. Já em Campinas, a capacidade sobe de 5,5
milhões para 14 milhões de passageiros e, em Brasília, de 2 milhões para
8 milhões de passageiros ao ano.
Ainda não há decisão do governo quanto a novas concessões. O
aeroporto internacional Antonio Carlos Jobim (o Galeão), no Rio de
Janeiro, que permanece sob administração da Infraero, terá a capacidade
ampliada dos atuais 17 milhões para 44 milhões de passageiros, assim que
seus dois terminais estiverem em pleno funcionamento.
Visita às cidades-sedes
O presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado José Rocha (PR-BA), reafirmou a intenção dos parlamentares de visitar todas as 12 sedes da Copa a fim de acompanhar o andamento das obras nos estádios, nos aeroportos e de mobilidade urbana.
Crescimento da aviação civil
O ministro Wagner Bittencourt destacou que a aviação civil brasileira vem registrando crescimento intenso: média de 12,3% ao ano entre 2003 e 2011; e 16% entre 2010 e 2011. "Hoje o avião não é mais um transporte elitista e as pessoas já o utilizam mais do que os ônibus em suas viagens", afirmou. Em 2011, 180 milhões de brasileiros fizeram viagens aéreas.
O ministro acrescentou que o planejamento do setor envolve a
manutenção das ações conjuntas da secretaria com a Anac, a Infraero e o
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea), órgão do Ministério da
Defesa. O Plano Estratégico da Aviação Civil é executado com recursos do
Fundo Nacional de Aviação Civil, que deve reunir R$ 2,6 bilhões em
2013. É por meio desses recursos que são viabilizados os planos
aeroviário nacional, de capacitação e de investimentos nos aeroportos. O
projeto de eficiência para passageiros chegará a todos os aeroportos
das cidades-sede da Copa.
Dentre as melhorias já executadas, o ministro ressaltou a integração
das informações de todos os órgãos para os passageiros em uma só guia e a
integração das ações de planejamento.
Nesse item, Bittencourt
considerou a recente Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, uma referência em planejamento que poderá ser
usada nos próximos grandes eventos, como a Copa das Confederações e a
Jornada Mundial da Juventude, em 2013, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de
2016. Segundo ele, o atendimento aos passageiros em geral e às
autoridades durante a Rio+20 foi muito bem avaliado pelo Ministério do
Turismo.
Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição – Regina Céli Assumpção
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