O
deputado Victório Galli (PMDB) divulgou na Câmara a realização da 1ª
Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional, a ocorrer de 24 a 26
do próximo mês de setembro, sob a coordenação do Ministério da
Integração Nacional e Governo de Mato Grosso.
No
evento, serão acordados os princípios e as orientações para a reforma
da Política de Desenvolvimento Regional, a ser apresentada, em dezembro,
na Conferência Nacional.
Conforme
Victório, “os problemas são complexos, e os desafios, gigantescos”.
Embora responsável por 37% do superávit do saldo comercial brasileiro
nas exportações, disse ele, o erário mato-grossense deixa de receber
nada menos do que R$ 1 bilhão por ano.
Para
o deputado, “a culpa” é da Lei Kandir, que isenta de tributos a
produção exportada, perda astronômica para um Estado como Mato Grosso,
cujo desenvolvimento decorre, em grande parte, do comércio com o
exterior.
“Sem os recursos com que poderia contar, a economia não
cresce, ou o faz de maneira lenta, desigual e insatisfatória”, criticou.
Victório
ressaltou que é importante entender que a fronteira deve ser vista como
área de integração, e não como área de risco, conforme destaca o
secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso, José Lacerda.
“Reduzi-la
a um lugar onde prevalecem o tráfico de drogas, a violência e o crime
será submetê-la ao atraso, à penúria econômica e à injustiça social.
Temos de incluí-la no gigantesco projeto de desenvolvimento de Mato
Grosso".
O deputado Victório também assinalou a implantação, pelo governador Silval Barbosa, do Comitê de Fronteiras de Mato Grosso, “mais um instrumento de que dispomos na luta pelo crescimento do Centro-Oeste e pela prosperidade do Brasil”.
O
Comitê de Fronteiras de Mato Grosso é incumbido de integrar os
programas do Governo do Estado e de coordenar as ações prioritárias para
o desenvolvimento sustentável dos municípios fronteiriços.
De
acordo com o Censo de 2010, a população mato-grossense vai além dos
três milhões de habitantes, em que o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) é de 0,79 – o décimo primeiro entre as unidades da Federação –,
conforme se apurou em 2005.
O Estado tem o décimo quarto maior Produto
Interno Bruto no Brasil (R$ 53 bilhões), e o sétimo PIB per capita, cerca de R$ 18 mil.
Com
quinhentos mil habitantes, os municípios da faixa de fronteira acusam
IDH médio de 0,72 – abaixo, portanto, do valor estadual. Os números de
IDH da região fronteiriça mostram-se desequilibrados.
O menor não passa
de 0,65, prova de que o desenvolvimento socioeconômico do Estado é
descontínuo, irregular e cheio de imperfeições.

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