Projeto
de lei apresentado pelo deputado Victório Galli (PMDB) estabelece
condições adicionais à contratação de provedores de aplicações na
Internet.
A proposta modifica a legislação do consumidor para
compatibilizar os contratos e termos de adesão às leis brasileiras.
Conforme
o deputado, embora a absoluta maioria dos brasileiros expresse plena
satisfação com os serviços recebidos, são crescentes as reclamações não
atendidas pelos provedores em relação ao respeito à privacidade e à
retirada de informações que violem a dignidade, a honra ou a vida
privada de terceiros.
“As
empresas dos provedores de aplicações detêm capacidade para manter
representante no Brasil.
Podem sujeitar-se às leis brasileiras. Podem,
portanto, redigir os contratos nos termos da legislação local e dirimir
eventuais controvérsias em juízo aqui no Brasil, o que representaria por
certo uma atitude de respeito com o consumidor brasileiro”, defende
Victório.
O
deputado lembra que o Brasil é hoje um grande mercado para os
provedores de aplicações, em especial as chamadas redes sociais. São
cerca de 120 milhões de usuários em alguns provedores, a exemplo do
Facebook, Orkut, Wordpress e LinkedIn.
Victório
argumenta que os provedores são, em geral, empresas estrangeiras, que
oferecem serviços a partir do exterior.
O usuário brasileiro, para fazer
uso do serviço, adere a contratos ou a termos de uso que atendem à
cultura e aos procedimentos legais de outros países.
“Para
sua defesa, ou o encaminhamento de reclamações, o usuário tropeça na
dificuldade adicional de que o foro eleito pelas partes situa-se no país
de origem do provedor, em geral os Estados Unidos”.
Segundo
o deputado, não se trata de uma prestação de serviços eventual, “mas de
uma exploração em grande escala, sistemática e deliberada, do mercado
brasileiro”.
Assim, entende Victório, não há sentido em sujeitar o
usuário brasileiro a obrigações incompatíveis com a legislação
brasileira ou a condicionar sua defesa em juízo à necessidade de
apresentar-se a uma corte situada em outro país.
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