"Comissão de Relações Exteriores aprova nomes para Nações Unidas e Grécia"

Em sabatina, indicada para missão permanente junto à ONU em Genebra admitiu que a situação dos presídios no Brasil é frágil; indicado para a Grécia discutiu repercussões da crise econômica.

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou ontem duas indicações para representações brasileiras no exterior: Edgard Antonio Casciano e Regina Maria Cordeiro Dunlop para, respectivamente, embaixador do Brasil na Grécia e delegada permanente em Genebra, na Suíça. As indicações ainda devem ser votadas pelo ­Plenário do Senado.

Regina Maria Dunlop, caso seja confirmada como delegada em Genebra, representará o Brasil em organismos internacionais sediados na cidade, como a Organização Internacional do Trabalho e o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Direitos Humanos.

Durante a sabatina na CRE, a indicada disse que “o Brasil admite com toda franqueza suas fragilidade” na situação dos presídios, que tem sido alvo de crítica de vários organismos internacionais, por violação aos direitos humanos. Ela mencionou “esforços que estão sendo feitos” para superar o problema e a abertura do governo para discuti-lo em todas as instâncias.

Casciano fez um relato da crise econômica da Grécia e, na sabatina, confirmou a existência de uma onda de emigração daquele país, sobretudo de jovens desempregados, mas não em volume semelhante ao acontecido  depois do fim da 2ª Guerra Mundial.

Durante a reunião, ­presidida por Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), houve a leitura de relatórios sobre duas outras indicações — as de Julio Glinternick Bitelli e de Douglas Wanderley de Vasconcellos para, respectivamente, as embaixadas na Tunísia e em São Cristóvão e Névis. As votações devem acontecer na próxima reunião da comissão, quinta-feira.

Drones

Os senadores aprovaram ainda a realização de audiência pública, solicitada por Ana Amélia (PP-RS), para discutir a regulamentação dos chamados drones ou veículos aéreos não tripulados (Vant). O requerimento cita informações sobre a existência de mais de 200 equipamentos em operação no Brasil, sem regulamentação.

Deverão ser convidados, entre outros, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Jornal do Senado