Os dois cantores e outras cinco personalidades serão agraciadas com a Comenda Abdias Nascimento, em reconhecimento pelos trabalhos que fazem para proteger e valorizar a cultura afro-brasileira.O ator Milton Gonçalves e os cantores e compositores Gilberto Gil e Martinho da Vila estão entre as sete personalidades que receberão a Comenda Abdias Nascimento, honraria criada pelo Senado no ano passado para homenagear pessoas que trabalham para proteger e valorizar a cultura afro-brasileira.
A data da primeira edição do prêmio ainda não foi marcada, mas ocorrerá em uma sessão especial em novembro, mês em que é celebrado o Dia da Consciência Negra.
Também serão agraciados o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves, a militante do movimento negro Edna Almeida Lourenço, conhecida como Ekdje Edna de Oiyá, e o professor e economista Sílvio Humberto dos Passos Cunha, fundador do Instituto Cultural Steve Biko.
Será ainda uma concedida uma comenda póstuma a Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar (1839–1914). Ele foi um símbolo da resistência popular cearense contra a escravidão e um expoente na luta abolicionista.
Igualdade racial
A distinção é resultado de um projeto apresentado por Lídice da Mata (PSB-BA) e Paulo Paim (PT-RS) que se transformou na Resolução 47/2013.
Os dois senadores ocupam, respectivamente, os cargos de vice-presidente e presidente do conselho que escolhe os vencedores.
Neste ano, o conselho recebeu 20 indicações. Elas puderam ser feitas por senadores, deputados federais e entidades que desenvolvem atividades relacionadas à cultura negra.
A comenda leva o nome do jornalista e senador Abdias Nascimento, que morreu em 2011, aos 97 anos.
Ele é uma referência no Brasil nas questões de igualdade racial. Em 1948, junto com amigos, fundou o jornal O Quilombo, que deu voz a grupos sociais alijados da grande mídia.
Ele é uma referência no Brasil nas questões de igualdade racial. Em 1948, junto com amigos, fundou o jornal O Quilombo, que deu voz a grupos sociais alijados da grande mídia.
Com a edição do Ato Institucional (AI) 5, em 1968, pela ditadura militar, Abdias Nascimento foi para o exílio e ficou 13 anos longe do Brasil. Foi senador pelo Rio de Janeiro entre 1997 e 1999. Ele assumiu a vaga após a morte de Darcy Ribeiro.
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