"Criação de novos estados é assunto velho e superado com muito trabalho, diz Wellington"

O candidato a senador Wellington Fagundes (PR) afirmou que a acusação sobre ser a favor da divisão de Mato Grosso, feita pelo seu adversário na disputa, Rogério Salles (PSDB), integra o rol de “assuntos velhos e superados”.

Segundo Wellington, em verdade, os projetos apresentados, há mais de 10 anos, tinham como objetivo a realização de plebiscitos para que a sociedade pudesse debater o assunto. Isto, em um momento em que a população das regiões do Araguaia e do Norte de Mato Grosso, sentiam-se isoladas e exigiam debater o assunto.

“As eleições de 1994 foram pautadas pelo debate de criação de novos estados. Neste viés, propus o plebiscito, pois democracia é dar ao cidadão o direito de ser ouvido. Mas também fui trabalhar pela integração de Mato Grosso e o desenvolvimento nas regiões do Norte e do Araguaia, levando asfalto e energia elétrica”, lembrou Wellington.

Ele lembra que uma de suas bandeiras foi a conclusão da BR-163 e a distribuição elétrica às cidades mais distantes. “O sentimento de isolamento era tamanho que naquela época surgiu o termo ‘Vale dos Esquecidos’ para a região do Araguaia. E hoje, após muito trabalho, a região já desponta com a alcunha de ‘Vale da Prosperidade’. Rogério deve se lembrar muito bem disso porque foi um governador de nenhuma obra importante”, acentuou.

Fagundes disse que o sentimento de divisão era latente. “Mesmo com o trabalho que a gente fazia em Brasília, tentando trazer recursos para o Estado, a carência era enorme. A população reclamava a falta de tudo, de asfalto, de saúde, de educação. E achavam que a divisão era um recurso para sair do abandono”, lembrou.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO -- A ementa de ambas as proposições -- (55/1995) e (49/2003) -- deixa clara esta discussão ao estabelecer que “fica convocado plebiscito em todos os municípios do Estado de Mato Grosso para que a população se manifeste sobre a criação do Estado do Araguaia e do Estado do Mato Grosso do Norte”.

Wellington explica que sua preocupação era, somente, fomentar debate para tratar de um tema que dividia opiniões em todo o estado. Mas, com o novo cenário político e econômico que se desenhou no estado esta discussão tornou-se desnecessária.

 Por este motivo, Wellington pediu a retirada das propostas de plebiscito na Câmara Federal.

Isto porque, reforça o republicano, “hoje, a realidade de Mato Grosso mudou. Sabemos que ainda há muito que se fazer pela consolidação do estado. Há problemas para serem resolvidos e estamos trabalhando para isso ao longo dos anos. Jamais desistimos de um Mato Grosso forte. A prova disso está no trabalho que realizamos em todas as regiões”.

Para exemplificar, Wellington citou o programa Mato Grosso Integrado, cuja meta ousada é de que, uma vez concluído, vai assegurar essa integração que tanto desejamos, afastando de vez qualquer sentimento de divisão. “Divisão é assunto que foi superado com trabalho”, diz Fagundes. Em 2005, lembrou o candidato do PR, foi encaminhado o pedido para retirada da proposta.

Da assessoria