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terça-feira, 18 de novembro de 2014

"CPMI da Petrobras tentará votar convocação de Sérgio Machado e Renato Duque"

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras tentará votar hoje requerimentos polêmicos em meio à repercussão da nova fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal. A CPMI tem reunião marcada para as 14h30, no plenário 2, da ala Nilo Coelho, no Senado.
Mais de 400 requerimentos ainda não apreciados por deputados e senadores estão na pauta da reunião administrativa de hoje na comissão. A começar pelos dois polêmicos que deixaram de ser votados na semana passada: a convocação do presidente licenciado da Transpetro, José Sérgio Machado, e do ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque.
A esses requerimentos, juntam-se vários outros que pedem, por exemplo, a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras, além dos depoimentos de seus executivos.
Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e vários diretores de empreiteiras estão entre as dezenas de presos na sétima etapa da Operação Lava-Jato, iniciada na semana passada. A oposição quer aproveitar a nova fase da operação da Polícia Federal para obrigar a CPMI a avançar na investigação.
Políticos envolvidos
Esse avanço nas investigações é o que pretende o vice-líder do Democratas, deputado Ronaldo Caiado (GO): "Como o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça deram conta de avançar mais do que o Congresso Nacional, não é possível que a base do governo, que tem uma ampla maioria (na CPMI), vai continuar insistindo em derrubar todos esses requerimentos de convocação de todos aqueles que estão envolvidos.”

Na avaliação do parlamentar, esses envolvidos, “sem dúvida alguma, fizeram o trabalho de repasse de dinheiro sujo, de propina, que foi cobrado das empresas para as estruturas partidárias. Então, este é o fato que precisa ser esclarecido por nós: quais são as autoridades políticas que estão envolvidas nesse grande escândalo".
Arquivo/ Leonardo Prado
Fernando Ferro
Fernando Ferro: investigação avança por meio dos órgãos competentes.
O PSDB anunciou que vai acionar o Ministério Público contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ordenar que a Polícia Federal abra sindicância contra delegados que criticaram o PT em um perfil fechado de uma rede social.
PT rebate críticas
Em pronunciamento no Plenário da Câmara, nesta segunda-feira, o deputado Fernando Ferro (PT-PE), rebateu as críticas ao governo e garantiu que a investigação avança por meio dos órgãos competentes.

Ferro também não poupou críticas ao comportamento da oposição: "Não vamos tentar manter o clima de disputa eleitoral, de terceiro turno. Não se precipitem e não tentem faturar politicamente de forma antecipada porque poderão quebrar a cara no médio prazo. Essa é uma investigação que, lamentavelmente, vai envolver políticos de vários partidos.”

Segundo Fernando Ferro, a presidente da República, Dilma Rousseff, “já deixou claro que não 'ficará pedra sobre pedra'”. Ele acrescenta: “Não temos medo de nenhuma investigação e queremos que ela seja feita com todo o rigor necessário para defender o Estado democrático de direito, para defender a coisa pública e para organizar as relações entre o público e o privado numa estrutura capitalista como a que vivemos".

Audiência pública
Além de tentar votar requerimentos nesta terça, a CPMI da Petrobras agendou para amanhã uma audiência pública para discutir o regime de contratações da estatal.

Para a audiência de quarta, foram convidados o chefe de auditorias das áreas de minas e energia da Controladoria Geral da União, Daniel Matos Caldeira, e o secretário de fiscalização da área de energia do Tribunal de Contas da União, Rafael Jardim Cavalcante. Um representante da Petrobras e outro do Ministério Público também poderão participar do debate.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Newton Araújo

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