Incapaz, ineficiente, preguiçoso e
descompromissado, o Estado finge que não vê e tira partido político em busca de
prestígio e votos fazendo negócios nas compras de viaturas, de fardas e
armamentos, e na contratação de mais policiais. Mas continua tudo igual.
Por que? Perguntaria o leitor. A
resposta é óbvia. Porque a segurança pública já não é só uma questão policial.
É uma ampla questão social que justifica o pacto citado no começo deste artigo.
O pacto passa pelos seguintes protagonistas:
1- Educação – que não educa e não forma cidadãos
2- Saúde – que não atende pessoas e
marginaliza os necessitados pobres
3- Segurança – que trabalha com velhas
práticas, sem a inteligência necessária
4- Presídios – que se tornaram quartéis-generais
do crime organizado
5- Judiciário – que lida com papeis de
processos envelhecidos e não percebe as pessoas neles envolvidas e, tampouco, a
sociedade
6- Legislativo – que não legisla a favor da
sociedade e nem se incomoda com a insegurança pública porque ela oferece
discursos e votos de combate ao problema
7- Sociedade organizada – que bem poderia
instituir mecanismos de cooperação e cobranças. A sociedade é mais sábia do que
os poderes e o Estado
8- Entidades representativas – que poderiam
usar a sua força corporativa na formulação de programas competentes e
humanitários. Sozinhas ou em parceria entre si e com entidades governamentais
9- Organizações Não-Governamentais –
mantidas com recursos públicos e, frequentemente, cartéis de negócios
impublicáveis em nome de causas nobres
10- Sociedade civil – alienada, desinteressada e
cobradora com baixo nível de cooperação. Quem sabe, se melhorasse sua
posição...?
Desafios
explícitos para o próximo governo estadual
que se inicia em janeiro de 2015.
Onofre
Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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