As
Rádios e jornais ligados à família do candidato derrotado à presidência da
República, senador Aécio Neves (PSDB), receberam do governo de Minas Gerais,
entre 2003 e 2014, um total de R$ 1,2 milhão.
O
período corresponde, justamente, a tempo em que Minas foi governada pelo PSDB.
Primeiro, por Aécio Neves, entre 2003 e 2010. Depois, por Antonio Anastasia,
recém-eleito senador.
A
rádio Arco-Íris, dona da franquia da Jovem Pan FM, em Belo Horizonte, recebeu
R$ 1,06 milhão. As rádios São João Del Rey e Vertentes FM, de São João Del Rey
(MG), receberam R$ 51,8 mil e R$ 45,5 mil por publicidade, respectivamente.
Ao
todo, o governo tucano em Minas Gerais gastou, em 12 anos, cerca de R$ 547
milhões em publicidade. De 2003 até o fim de 2014, quando o estado foi gerido
por Aécio Neves, os gastos com esse setor aumentaram 900%.
A
Rede Globo recebeu R$ 290 milhões e grupo “Estado de Minas”, R$ 138 milhões.
Ambos os veículos apoiaram os candidatos do PSDB durante campanha eleitoral.
Aécio
Neves é dono, conforme declaração de bens como presidenciável ao Tribunal
Superior Eleitoral, de 88 mil cotas da Rádio Arco-Íris, com valor de R$ 700
mil, além de ações da empresa Diários Associados, ao qual está ligado o “Estado
de Minas”.
Os
gastos com “divulgação governamental” chegaram, durante a gestão de Aécio
Neves, a R$ 489,6 milhões, segundo dados do Sistema Integrado de Administração
Financeira de Minas Gerais (Siafi-MG).
O
total, entretanto, passa dos R$ 815 milhões se adicionados os pagamentos a
empresas, fundações e autarquias controladas pelo Executivo.
O
Ministério Público Estadual vai investigar se além da Rádio Arco-Íris, as
empresas “Editora Gazeta de São João Del Rey Ltda.” e a Rádio São João Del Rey
SA, da qual Andrea Neves, irmã do senador, é sócia, receberam recursos do
governo durante a gestão dele.
“O Estado de
S.Paulo”
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