Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
X SIMPÓSIO SOBRE DISLEXIA DE MATO GROSSO “TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO”

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

"Aplicativos do Hackathon estimulam proteção à mulher e participação feminina na política"

Os vencedores e organizadores do Hackathon de Gênero e Cidadania destacam os novos instrumentos tecnológicos de combate à violência contra as mulheres. O Hackathon é uma espécie de maratona de criatividade tecnológica, e esta edição especial foi promovida pelo Laboratório Hacker e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados entre os dias 24 e 28 de novembro.
Ao todo, 165 pessoas se inscreveram e apresentaram 70 projetos de aplicativos, dos quais 19 foram selecionados para a fase final, segundo os critérios de interesse público, criatividade e qualidade técnica.
Vencedor na categoria "Violência contra a Mulher", o aplicativo "Minha Voz" mapeia os serviços públicos disponíveis para as vítimas e ainda tem espaço para depoimentos e denúncias.
Professora de programação de computadores, Salete Almeida conta que elaborou o aplicativo em conjunto com uma psicóloga (Daniela Rozados) e outros profissionais que conhecem bem o cotidiano de violência feminina. "Já passamos por alguns problemas e sabemos da importância de se ter um aplicativo ou um site voltado para essa temática, não só em relação às mulheres, mas também outros gêneros. O Hackathon trouxe a possibilidade de a gente transformar o projeto em realidade e ajudar pessoas. Outra coisa boa foi o espírito colaborativo: nós estávamos lá juntos com outras pessoas e projetos – cada um, na sua temática, querendo ajudar o próximo – e podemos compartilhar conhecimentos", afirma.
Já o programa "Dona Maria" foi o vencedor na categoria "Políticas de Gênero Relacionadas à Participação, Representatividade e Transparência". O aplicativo tem o slogan "lugar de mulher é na política" e visa conscientizar a população sobre as desigualdades de gênero no processo eleitoral. Edmundo Matheus Santana, Isadora Forte Barros e Yves Henri Souto Maior Sales Bouckaert compõem a equipe que desenvolveu o aplicativo.
Igualdade
A deputada Erika Kokay (PT-DF) elogiou os 11 projetos de aplicativos apresentados nessa categoria específica do Hackathon. "O primeiro aspecto é colocar a tecnologia a serviço de uma sociedade mais igualitária, onde não haja dor em ser mulher. O segundo é que dá visibilidade a uma desigualdade de direitos que é permanente em nosso País. Nem todas as violências deixam marca na pele, mas algumas deixam apenas a marca na alma e são profundamente doídas. E o terceiro é o envolvimento da própria sociedade na busca de condições e instrumentos para que possamos ter uma sociedade em que as mulheres tenham os mesmos direitos dos homens", diz.

O coordenador do Laboratório Hacker da Câmara, Cristiano Ferri, ressalta que o Hackathon não é uma competição, mas uma "ação educativa para estimular o trabalho colaborativo" em uma rede formada por parlamentares, servidores da Câmara e desenvolvedores de projetos.
Ferri destaca especialmente a elevada participação feminina nesta edição do Hackathon de Gênero: mulheres elaboraram metade dos aplicativos selecionados. "Superou a expectativa em muito, principalmente em relação à participação da mulher, que esteve presente de forma contundente. Isso gerou outra dinâmica. Os 19 aplicativos estão em fases diferenciadas de desenvolvimento e o nosso trabalho, neste momento pós hackathon, é estimular que essas pessoas, participantes e outras entidades possam contribuir para que esses projetos sejam continuados e melhorados."
A premiação das equipes vencedoras do Hackathon de Gênero está prevista para março, durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher. Os autores dos aplicativos "Minha Voz" e "Dona Maria" vão ganhar uma viagem a Washington, nos Estados Unidos, para conhecer as ações de gênero e cidadania desenvolvidas pelo Banco Mundial.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcos Rossi

Nenhum comentário:

Postar um comentário