A
hanseníase é uma doença em queda vertiginosa no Brasil. De 2003 a 2013, o
número de casos registrados caiu 68%, passando de 4,52 para 1,42 por 10 mil
habitantes.
No mesmo período, a taxa de cura aumentou 21,2%, segundo dados
divulgados nesta quarta-feira (21), pelo Ministério da Saúde.
Ainda
segundo o ministério, em 2014, 84% dos pacientes em tratamento da hanseníase
conseguiram se curar.
No mesmo ano, foram registrados 24.612 casos novos da
doença no País. Em 2003, foram 51.900 casos identificados.
Para
o ministro da Saúde, Artur Chioro, a redução é reflexo do maior acesso ao
tratamento e das campanhas do governo para erradicação da doença. Segundo ele,
será possível alcançar o fim da hanseníase em breve no Brasil.
“Temos
a ambição de eliminar a hanseníase como um compromisso do Sistema de Saúde. É
possível”, garantiu o ministro, durante entrevista coletiva, em Brasília.
Chioro
ressaltou, no entanto, que o diagnóstico precoce torna o tratamento ainda mais
efetivo.
“Hoje,
com ampliação de equipes de Saúde da Família, com Mais Médicos, temos condições
de ter de fato uma outra capacidade da rede de fazer o diagnóstico precoce,
identificar a doença e fazer a busca de contaminação em pessoas próximas,
sobretudo familiares”, disse o ministro.
Campanha
– O Ministério da Saúde quer acelerar ainda mais o ritmo de queda dos casos de
hanseníase. Para isso, a pasta lançou nesta quarta a campanha “Hanseníase, quanto
antes você descobrir, mais cedo vai se curar”.
A
intenção é incentivar o diagnóstico precoce da doença e garantir que o maior
número de pessoas saiba que o tratamento é gratuito e está disponível no
Sistema Único de Saúde (SUS).
A
hanseníase é considerada endêmica em todo o país. Mas maior concentração dos
casos ocorre nos estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e
Pernambuco.
É
uma doença infecciosa, caracterizada pelo aparecimento de manchas
esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, que podem dar sensação de
formigamento e diminuição da sensibilidade. O tempo entre o contágio e o
aparecimento dos sintomas varia de dois a cinco anos.
Flávia
Umpierre
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