Médicos,
hospitais e empresas que negociam equipamentos de saúde serão penalizados caso
recebam ou paguem comissão pela prescrição dos aparelhos. Objetivo da senadora
Ana Amélia é baratear os produtos.
Um
projeto de lei apresentado nesta semana pode ajudar a regular o mercado de
órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs). O objetivo é combater a
chamada máfia das próteses. A proposta (PLS 17/2015), de Ana Amélia (PP-RS),
determina, entre outros pontos, a aplicação de multa aos profissionais de
saúde, hospitais e empresas da área caso recebam ou paguem comissões pela
prescrição dos produtos. Pelo texto, o profissional de saúde ficará sujeito ao
pagamento de multa correspondente a três vezes o valor recebido em comissão.
No
caso de estabelecimento de saúde, a multa deverá equivaler a dez vezes. Já as
entidades ou pessoas que venderem equipamentos e pagarem comissão por isso poderão
ser multadas em soma equivalente a 15 vezes o total pago.
A ideia do projeto
surgiu após denúncias na imprensa que mostram o pagamento de comissões, por
parte de fabricantes e distribuidores desses materiais, a hospitais e médicos
para que prescrevam os produtos. Essas negociações contribuem, segundo Ana
Amélia, “para desajustes nos preços das OPMEs, pois os médicos envolvidos optam
por indicar os produtos que lhes rendem maiores ganhos, que são justamente os
mais caros”.
A proposta define órteses como aparelhos que auxiliam a função de
um membro, órgão ou tecido — caso de bengalas e muletas, por exemplo. As
próteses são descritas como substitutos totais ou parciais de um membro, como
placas metálicas e próteses dentárias.
Já os materiais especiais são
dispositivos utilizados em procedimentos diagnósticos e terapêuticos que não se
enquadram como órteses ou próteses. A ideia de Ana Amélia é que esse mercado
seja regulado da mesma forma que o setor farmacêutico, barateando os aparelhos.
O projeto foi enviado à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Depois deve
seguir para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
REDAÇÃO - SD
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