O leitor certamente desconhece esses nomes. São duas instituições completamente opostas, mas ambas são conspiradoras contra o regime democrático de governo no Brasil. O Ibad- Instituto Brasileiro de Ação Democrática era anti-João Goulart, e foi fundado por direitistas brasileiros, financiado pelo governo dos EUA contra linha esquerdista de João Goulart. O Foro de São Paulo nasceu em 1990, em São Paulo, pretendendo resgatar o socialismo puro que morria com o fim da União Soviética. Reune governantes e movimentos sociais da América Latina.
Nasceu com o sonho de implantar o socialismo marxista puro no maior número possível de países das Américas Central e do Sul ao longo do tempo. Lula foi um dos fundadores. Chegando ao governo, começou a destinar milhões de dólares para o Foro, assim como Hugo Chavez, da Venezuela. No Brasil o Foro optou por financiar os movimentos sociais e militarizar o MST. Ao mesmo tempo, enfraqueceu as forças armadas com o contingenciamento de orçamento, ao ponto de deixá-las à míngua. Filosoficamente o MST assumiria aos poucos o papel militar de uma futura república bolivariana brasileira. Dentro dos vultosos recursos despejados no MST diretamente ou através de organizações não-governamentais de fachada, incluía a compra de armamentos militares via Venezuela, o treinamento militar de milhares de assentados e de gente urbana recrutada nos outros movimentos sociais.
Internamente, o enfraquecimento da força de trabalho via o bolsa família indiscriminado, o seguro-desemprego e a ampliação dos direitos trabalhistas ao nível do exagero, servindo para reduzir a força de trabalho do país e recriar o conflito socialista capital versus trabalho. Em seguida, sem gente no mercado, graças à educação propositalmente desmontada, se completaria o ambiente de conflito entre a escassez de produção, desabastecimento e a culpa aos empresários por sonegação de produtos. Tal e qual acontece hoje na Venezuela. Esse é o figurino traçado por intelectuais de esquerda contratados a peso de ouro pelo Foro de São Paulo.
O que deu errado? A crise do Petrolão, a crise da economia que saiu dos trilhos e a incapacidade da presidente Dilma de construir um segundo mandato, somando ainda fatores externos como a falta de chuva, crise de energia e os aumentos dos combustíveis, da energia, dos juros e a inflação. Fora a corrupção fora de controle.
No próximo dia 15 parte considerável do país irá as ruas em protesto. Será o ambiente ideal para o confronto militar do MST e a idéia de uma guerrilha urbana, quem sabe, capazes de justificar o caos para o sonho do governo bolivarianista. Voltarei ao assunto.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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