O vereador Dilemário Alencar (PTB)
recebeu do engenheiro Juarez Samaniego, presidente do Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT), cópia de um ofício em que
o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit/MT) informa
que no órgão federal não existe convênio de municipalização com a Prefeitura de
Cuiabá no tocante à liberação da Avenida Miguel Sutil para a instalação de
radares automobilísticos.
No ofício, datado de 16 de março, o superintendente regional do
DNIT/MT, Luiz Antônio Garcia, esclarece ainda, que até a presente data não foi
assinado convênio entre o Dnit/MT e o Município de Cuiabá, tratando de
liberação de trechos para instalação de radares, porém, está em andamento junto
à Prefeitura a assinatura de Termo de Transferência das jurisdições
administrativas das Rodovias BR 364/163, nos trechos urbanos.
“A mesma resposta que me foi encaminhada pelo Dnit/MT, foi também
enviada ao CREA-MT. Essa é mais uma prova que demonstra que a Prefeitura
instalou radares em via na qual não tem domínio da sua circunscrição. A
Prefeitura teve todo o tempo para firmar um convênio de municipalização
com o Dnit/MT antes de instalar os radares na Avenida Miguel Sutil, mas não o
fez. Por isso, questionei o fato junto à justiça federal através de uma ação
popular e, também, junto ao Ministério Público Federal através de uma
representação, visto que sete radares eletrônicos do tipo fixo foram
instalados pela Prefeitura na Miguel Sutil contrariando o principio
constitucional da legalidade”, justificou Dilemário.
A Avenida Miguel Sutil foi uma via perimetral que servia para contornar
a cidade de Cuiabá. Com o crescimento da capital mato-grossense, se tornou um
trecho urbano, mas que ainda faz parte da rodovia BR-364, construída com
recursos do governo federal. Ao determinar a instalação dos radares na
Miguel Sutil, o poder público municipal não observou o disposto contido no
artigo 4º da Resolução 396 do Conselho Nacional de Trânsito que define
que só cabe à autoridade que detém a circunscrição sobre determinada via
autorizar a instalação e a operação dos medidores de velocidade do tipo fixo.
O CREA-MT informou também ao vereador, que o Consórcio Cuiabá
Monitoramento de Trânsito (CMT), que ganhou uma licitação realizada em agosto
de 2014, firmando um contrato de duração de quatro anos no valor de R$
39, 9 milhões com a Prefeitura para monitorar o trânsito em Cuiabá,
está autuada pelo CREA-MT por falta de registro de Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) das instalações do radares eletrônicos. O valor de R$ 39,9
milhões serão pagos pela Prefeitura ao Consórcio CMT através de multas
emitidas por radares espalhados em diversas vias urbanas da nossa cidade.
“Esta afirmação do CREA-MT que a empresa Consórcio CMT não possui ART
é outra denúncia grave em que a prefeitura precisa responder, entretanto,
alguns secretários ao invés de responder os questionamentos legítimos que
tenho feito na condição de vereador eleito para fiscalizar os atos do poder
executivo municipal, me fazem ataques de cunho pessoal. Não vou perder meu
tempo batendo boca com secretários, visto que a ação popular que ingressei
na justiça federal visa a proteger o princípio constitucional da legalidade,
uma vez que a Prefeitura pode estar cometendo uma irregularidade.
Sempre
pontuei que não sou contra a utilização de radares nas vias da nossa
cidade. Entretanto, sempre defendi que a instalação deveria ocorrer com boa
sinalização e obedecendo as leis vigentes como forma educativa para ajudar a
diminuir os altos índices de acidentes”, disse Dilemário.
(65) 3617-1580
comunicacao.dilemario@gmail.com
Darwin Junior
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