Nesta segunda-feira participei de uma longa reunião em que se discutiu o momento atual pelo qual passa o Brasil e toda a sociedade brasileira. Curiosa foi a abordagem das duas caras que tem o momento brasileiro. De um lado, a mídia levando aos extremos da divulgação, radiografando os intestinos das crises política, econômica, de gestão e o desgoverno.
De outro lado, uma sociedade que convive com todo esse negativismo, passa ao largo e continua trabalhando, produzindo, vivendo, sonhando, construindo e pagando impostos para o discutível uso dos governos.
Toda crise gera esse conflito entre o caos e a construção da nova ordem. Uma nova ordem, fora daquele sentido internacional de controle da humanidade por uma elite judaico-capitalista. Falo de uma nova forma de viver coletivamente neste país com sensação de segurança institucional e garantias democráticas verdadeiras, fora desse espírito hipócrita que se instalou e que sobrevive historicamente no Brasil. Piorou agora, mas sempre existiu.
Voltando ao tema central da conversa. Enquanto, de um lado, a corda do negativo e das coisas ruins estica ao máximo, de outro uma sociedade ativa resiste e constrói a nova ordem quase por si mesma. Por mais que pareça, à luz da mídia, que o mundo acabou, muito pelo contrário. O mundo está nascendo certo em outras praias distantes dos mares públicos e políticos. Há instituições democráticas e sérias, há empresas comprometidas com valores novos, há pessoas no serviço público que enxergam além da mediocridade da estabilidade funcional e do fim do mês, existem pais, mães, professores e profissionais liberais comprometidos com a vida e com o futuro. Gente do bem!
Dias desses, um amigo me desafiou a apontar no meu círculo de amizades: me aponte dez canalhas entre suas amizades. Não encontrei dez. No máximo um ou dois, mesmo assim são de domínio público, e ligados ao setor público ou a alguma empresa ou instituição já reconhecida assim.
A síntese desse artigo é que dois mundos caminham paralelos neste momento no país: um moribundo que a mídia escancara todos os dias. Outro novo, inovador, mais justo e mais perfeito, que a mídia ainda não descobriu. O bem sempre vence o mal, mesmo que demore um pouco...!
EM TEMPO: Peço desculpas aos leitores por estar ausente daqui há três semanas. Tive uma crise complicada de vesícula que resultou em cirurgia de emergência com algumas complicações. Tudo resolvido, vida nova, volto à atividade de escrever artigos diariamente, e à arte de viver cotidianamente!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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