A tecnologia se instalou no campo. Para confirmar a
frase basta visitar uma fazenda produtora em Mato Grosso. Lá serão encontrados
tratores e colheitadeiras equipados com computador de bordo, cartão de memória,
GPS, rastreador via satélite e tantas outras inovações lançadas em favor
desenvolvimento do setor agropecuário.
O investimento em inovação vem garantindo recordes
na produção agrícola em Mato Grosso. O Estado tem mantido o título de maior
produtor de soja do país. Na produção de milho, algodão e girassol Mato Grosso
também vem se mantendo nas primeiras colocações.
Como o setor é altamente competitivo, quem quiser
se manter no negócio tem a obrigação de olhar para novas tecnologias, sempre
buscando maior produtividade e redução de custos. A opinião é do presidente do
Sistema Famato/Senar-MT, Rui Prado. "Mato Grosso só é hoje o celeiro do
mundo graças à pesquisa e investimentos dos próprios produtores rurais no
setor", afirma.
De acordo com Rui Prado, esta realidade do
agronegócio é um desafio para os produtores rurais, já que a tecnologia veio
para ficar. Mas a baixa escolaridade da população é um obstáculo constante,
principalmente em um Estado como Mato Grosso que está em pleno desenvolvimento,
demandando mão de obra em todos os setores. Por consequência, aqueles setores
que exigem profissionais especializados sofrem mais com esta carência.
"Na agropecuária essa demanda é ainda mais
intensa. Temos vários casos espalhados no Estado onde as máquinas e
equipamentos agrícolas ficaram parados por falta de operadores. Há área para
ser plantada, sementes compradas e todas as condições propícias, mas não há
profissionais qualificados para operarem os equipamentos", lembra.
O cenário é problemático, mas também pode ser visto
como de oportunidade, principalmente para aqueles que conseguirem um
diferencial. "Apenas por meio da formação técnica vamos reverter este
quadro. O mercado está absorvendo rapidamente pessoas que saem dos nossos
treinamentos de mecanização", revela Rui Prado.
A falta de mão de obra qualificada para atender
esse setor é a principal reclamação que se ouve, principalmente dos Sindicatos
Rurais. O presidente do Sindicato Rural de Nova Mutum, Luis Carlos Gonçalves,
conta que muitos produtores da região já começaram a usar a Agricultura de Precisão,
porém pararam por falta de profissionais qualificados para operar os
equipamentos. "Mesmo assim muitos utilizam as plantadeiras automatizadas
com piloto automáticos e vários outros equipamentos, mas ainda falta
profissionais capacitados para operar as máquinas e aproveitar o máximo que
os equipamentos podem oferecer".
Para vencer este desafio o Senar-MT, que tem a
missão de capacitar a mão de obra para o campo, vem aumentando instrutores
credenciados, que são os prestadores de serviços educacionais da instituição,
com atenção especial para profissionais que irão atuar na área de mecanização,
uma das que mais sofre com a falta de mão de obra qualificada.
Para se ter uma ideia, em 2014 os cursos mais
demandados junto ao Senar-MT foram de Operação de Tratores Agrícolas,
Manutenção de Tratores Agrícolas, Aplicação de Agrotóxico Utilizando
Pulverizador Autopropelido e Operação e Regulagem de Implementos Agrícolas para
Preparo do Solo.
Neste ano o Senar-MT credenciou 10 novos
instrutores de mecanização, somando 33 profissionais habilitados para atuar na
área. Em 2014 foram 60 novos instrutores credenciados para atuar nas 15 Cadeias
Produtivas atendidas pela instituição. Atualmente a entidade possui 256
profissionais ativos para prestarem serviços educacionais para o setor.
Além da constante ampliação do quadro de
prestadores de serviços, a instituição realiza a capacitação continuada dos
instrutores. Em 2014, em parceria com o Senar Central foram realizadas
capacitações continuadas com a participação de oito instrutores credenciados ao
Senar-MT nas áreas de e máquinas agrícolas (Agricultura de Precisão). Houve
ainda parceria com a Fatec/SP e Jacto/SP, pela qual 36 instrutores foram
capacitados para a área de máquinas.
O Senar-MT faz parte de um conjunto de entidades
que formam o Sistema Famato, assim como a Federação, o Imea e os 89 sindicatos
rurais do Estado. Essas entidades dão suporte para o desenvolvimento
sustentável do agronegócio. O Senar está no Facebook e no Instagram. Curta a
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a conta @senar_mt.
GECOM
Senar-MT

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