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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Opinião: Um ano de crise que marcará época"

É como no auge da Guerra Fria: o abate de um único caça se torna manchete da política mundial. Mais um indício de como a situação internacional está intrincada, opina o editor-chefe da DW, Alexander Kudascheff.

A política mundial atualmente é um barril de pólvora. Os fronts e linhas se deslocam quase diariamente. A confrontação se agrava – entre as potências regionais, mas também entre as grandes. O abate do caça russo pela Turquia – seja sobre a Síria, seja sobre território turco – mostra quão tensos estão os nervos por toda a parte, quão delicada, quão explosiva a situação é no momento.

A Turquia reage com veemência à guerra aérea da Rússia contra a oposição síria e, ocasionalmente, também contra o "Estado Islâmico" (EI). Ela reage com sensibilidade extrema, por acreditar que Moscou investe intencionalmente contra os rebeldes turcomanos contrários ao líder sírio, Bashar al-Assad.
Com isso, os russos atingem aquela Turquia para quem a aliança ideal dos povos turcos permanece como grande meta. Aquela Turquia que, no entanto, também se vê como aliada de todos os adversários de Assad, e que, por isso, admitiu por longo tempo a campanha vitoriosa do EI. Por tempo demais, como hoje se sabe – não só a partir do 13 de Novembro em Paris, mas já desde os atentados no próprio solo turco.
A Otan, por sua vez, precisa reagir, mas ao mesmo tempo em que demonstra solidariedade com Ancara, adota um tom conciliador em relação a Moscou. No âmbito da já caótica situação na e em torno da Síria, ninguém quer botar mais lenha na fogueira. Pois, apesar do ataque ao jato SU-24, no Ocidente ainda se tem esperança de poder dar um fim à guerra civil na Síria com o apoio dos russos. Militar e politicamente.
Para isso se precisa da Rússia, mas Assad vem junto no pacote – alguém que as potências ocidentais só aceitam, na melhor das hipóteses, como solução temporária, já que o EI é o alvo principal. Sobretudo após os atentados de Paris, mas também de Beirute e Bamako.
O terrorismo fundamentalista islâmico se alastra como um polvo em todas as direções, no Oriente Médio, na África, na Ásia e também na Europa. Atualmente ele é o maior desafio militar e político para a comunidade mundial. Só que ela abriga interesses mais do que díspares.
O presidente francês, François Hollande, gostaria de orquestrar uma campanha militar conjunta contra o EI. Seus parceiros, porém, estão hesitantes. Os Estados Unidos até lançam ataques a partir do ar, mas não querem se deixar envolver na confusão política e ideológica em terra.
Isso, embora o Pentágono obviamente saiba que, no fim das contas, não será possível evitar o envio de tropas terrestres se a intenção é dizimar o EI. Contudo nem em sonho o presidente Barack Obama admite tropas de solo. E as intenções das grandes potências regionais – Arábia Saudita e Irã – não coincidem em nenhum ponto, além do interesse de preservar a própria hegemonia.
Por isso Hollande também pediu ajuda e assistência aos europeus. A reação foi relutante até na retórica. Ainda assim a Alemanha, a parceira mais próxima da França, terá que responder a perguntas desagradáveis.
Como se quer, mas, acima de tudo, como se pode apoiar Paris? Certamente não na Síria. Mais provavelmente aliviando a carga em locais onde os franceses se engajam militarmente, por exemplo no Mali. Berlim pretende oferecer justamente isso, e a Bundeswehr tem meios de fazê-lo. Mas a população alemã se mostra desconfiada até mesmo quanto a isso. A aliança franco-alemã se encontra diante de sua prova mais dura.
A política mundial resvalou para a desordem, as relações são pouco claras. Pois, além da ameaça terrorista pelo EI, a duradoura e irresoluta crise dos refugiados mantém a Europa e outras regiões do planeta em suspense. E isso de um ponto de vista puramente prático, pois as instituições estatais mal sabem como lidar com os problemas cotidianos. E também com vista ao futuro, porque ninguém sabe como integrar milhões de seres humanos provenientes de outros meios culturais e de outras tradições.
O 2015 marcará época como um ano de crise – e ele ainda não chegou ao fim.
DW.COM

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