Para representantes dos diferentes segmentos do PSDB, a decisão inédita do Senado Federal de manter o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e votar, na última quarta-feira (25), pela manutenção da prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), acusado de obstruir as investigações da Operação Lava Jato, foi considerado um “marco histórico” na política brasileira.
O presidente do Tucanafro-Brasil, Juvenal Araújo, considerou a decisão do Senado uma “vitória” para o Brasil e parabenizou o PSDB. Segundo ele, o partido se destaca por liderar oposição e expressar a “voz do povo”.
“Foi uma vitória de cada cidadão, de cada trabalhador que viu que a justiça funciona para todos, não só para o pobre, negro, periférico. Independentemente da situação financeira ou do posto político, ficou claro que a justiça tem que ser para todos. O PSDB mostrou mais uma vez ser a liderança da oposição e a voz do povo”, acrescentou
Voto aberto
Juvenal elogiou ainda a postura do líder da bancada no Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por ter defendido e destacado a importância do voto aberto. De acordo com o presidente do Tucanafro, o resultado demonstra que o Brasil “tem jeito”.
“Essa primeira votação do voto aberto foi uma vitória acachapante do Senado. A manutenção da prisão do senador por 59 a 13 votos mostra que estamos com a influência, com a pressão da população realmente mostrando que o Brasil ainda tem jeito, que os parlamentares não são todos iguais”, ressaltou.
Para a presidente do PSDB-Mulher, Solange Jurema, a postura da ministra do STF, Cármen Lúcia, em seu voto pela manutenção da prisão do senador petista foi “extremamente importante” para o país. “Foi um dia histórico e acho que quem traduziu bem esse momento que estamos vivendo foi a ministra Cármen. Foi muito importante a atitude do Supremo e do Senado, de não terem compactuado com uma pessoa que nitidamente estava comprometida com tudo o que os brasileiros não querem”, observou.
Justiça
Solange afirmou ainda que a manutenção da prisão de Delcídio, além de indicar uma mudança do pensamento do brasileiro, mostra que “ninguém está acima da justiça”. Segundo ela, o país não aguenta mais a ideia de que “político pode tudo e ganha a eleição a qualquer preço” .
“Acho que o melhor de tudo foi a demonstração da independência do Senado, de ouvir mais a população do que o corporativismo entre eles. Ninguém está acima da justiça. É um marco histórico da mudança de uma postura política que o brasileiro não aguenta mais, de que o político pode tudo, corrompe qualquer pessoa e ganha a eleição a qualquer preço. O Senado colocou a cidadania e a justiça acima do corporativismo. Estamos todos de parabéns”, concluiu.
Ascom/PSDB
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