Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Governo de Mato Grosso

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

"ARTIGO : Gestão é a chave"

Houve no Brasil uma deliberada desqualificação de quaisquer méritos que teve o o regime militar que governou o país entre 1964 e 1985. Particularmente nos governos do PT a desqualificação foi maciça. Sem querer discutir outros méritos, num os militares foram imbatíveis na história brasileira: o planejamento. As principais leis da gestão nasceram no período pela cabeça de grandes estrategistas como os economistas civis Roberto Campos, Otávio Gouvêa de Bulhões, Delfim Netto, Mário Henrique Simonsen e do Planejamento como Reis Velloso, Helio Beltrão.

Depois da Constituição de 1988 o planejamento no Brasil morreu aos poucos, ao contrário do período militar em que ele direcionava todas as faces do crescimento social e econômico. Hoje se ensina nas escolas e nas universidades a demonização do período como se não tivesse existido qualquer mérito. O planejamento é uma das características militares.
Passado o período militar o Brasil perdeu os objetivos macroeconômicos e estratégicos. Passou a viver a política do dia-a-dia como se não houvesse amanhã, até chegar ao fim de mundo atual. O que gostaria de tocar neste artigo é justamente a noção de gestão. Existiu uma cultura tradicional ditada lá em 1930, “governar é abrir estradas”. A frase do então presidente Washington Luís materializou-se em 25 de agosto de 1928,  na inauguração da Rio-Petrópolis, a primeira rodovia asfaltada do país. De lá para cá governar significou inaugurar placas de obras.
Entretanto, a complexidade da gestão pública advinda da complexidade da própria sociedade e das relações internacionais também mais complexas, gestão mudou o conceito. Neste momento, em particular, gestão vai muito além de inaugurar placas. Trata-se de perceber a sociedade, suas necessidades e oferecer-lhe em retribuição aos impostos que paga, serviços de qualidade, sejam obras, sejam políticas públicas mais abrangentes.
            Porém, o partidarismo político prostituído acabou por contaminar a gestão pública transformando-a em balcão de negócios. Gastar muito sem noção, aumentar impostos sem noção, usar e lambuzar o dinheiro público com desmandos e nenhum propósito de planejamento tornou-se a regra. Logo, conclui-se sem nenhuma dúvida: gestão pública significa gerir bem os recursos públicos, independente de quantas placas de obras forem inauguradas. A sociedade merece ser atendida pelos impostos que paga.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
ribeiro.onofre@gmail.com     www.onofreribeiro.com.br

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