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X SIMPÓSIO SOBRE DISLEXIA DE MATO GROSSO “TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO”

domingo, 31 de janeiro de 2016

"ARTIGO : O futuro será confiável – 2"

Continuando a conversa com o senador Blairo Maggi, no começo da semana, perguntei-lhe como a nova quarta revolução industrial que vem aí, refletiria sobre a atividade do agronegócio em Mato Grosso. Ele confessou sua forte impressão com o altíssimo nível das tecnologias embarcadas nas máquinas agrícolas, fruto das pesquisas das fábricas e de outros setores do mercado privado. “Eu que comecei lá atrás, me surpreendo com os avanços embarcados nas máquinas. Surpreendentes! As máquinas conversam entre si. Uma semente é ciência pura”. Admitiu que as universidades públicas tem se mantido longe desses avanços. Por mais que  crises existam, comer independe delas. E Mato Grosso, ainda que tenha alguns problemas específicos, será naturalmente um grande produtor mundial de grãos e num segundo momento com a sua industrialização estará exportando proteínas puras. O mundo precisará de alimentos agora e no futuro.

Perguntei-lhe que futuro podemos enxergar na questão alimentar no Centro-Oeste? “Mato Grosso é o melhor estado pra produzir grãos e será o melhor pra produzir proteínas puras. Como estamos distantes dos portos, o produtor recebe a remuneração mais baixa no Brasil. Por isso temos que ser grandes pra ganhar pouco sobre muito”. Sua leitura é a de que o próximo passo será a industrialização. No médio e longo prazos será o grande motor da agroindustrialização no estado.  Nossa população será pequena, e temos um mercado pequeno. O futuro implica em olhar pra fora do estado.  Se nós medirmos a economia por tonelada produzida, somos imbatíveis, mas por consumo, temos uma grande desvantagem, afirma. Porém, é certo que o futuro do estado passa pela agricultura cada vez mais eficiente e competitiva e por fio a agroindustrialização que vai beneficiar uma população estadual rica.
Outro ponto abordado foi a delegação de ações do governo para a iniciativa privada: “Não importa que faz. Importa que se faça. Creio que essa visão míope do governo já está sendo superada. Os portos já estão funcionam, as linhas de transmissão de energia. Governo não tem que fazer os investimentos. Concede, e a iniciativa privada faz, nas rodovias, ferrovias, aeroportos, etc. O usuário pagará, sabendo que pode contar com um processo seguro. Como, aliás, paga hoje nos impostos. As agências reguladoras normatizam. Sou de opinião, disse ele, de liberar os capitais estrangeiros no país, através de concessões, com o Estado como regulador.
            Esse governo do PT ainda tem que cair na real, quando quer limitar margens de lucros. Isso é o mercado quem determina, com o Estado regulando. Até nisso o estado tem que se aprimorar e perceber.
            O assunto encerra amanhã. 
            Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
ribeiro.onofre@gmail.com    www.onofreribeiro.com.br          

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