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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

"Câmara retomará atividades com disputa nas lideranças partidárias"

Maior bancada da Câmara, o PMDB está dividido entre alas que apoiam e fazem oposição ao governo. No PT, que tem a segunda maior bancada, há expectativa de acordo sobre o nome do novo líder.
Gustavo Lima
Leonardo Picciani
Leonardo Picciani: "Evidentemente, sempre haverá posições divergentes, mas o líder deve expressar a posição da maioria"
Vários partidos vão definir os líderes na primeira semana de fevereiro e há previsão de disputa nas duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados (PMDB e PT).
Algumas reuniões de bancada estão marcadas para quarta-feira (3). É o caso do PT, que pretende reunir seus 59 deputados para escolher o novo líder a partir dos nomes de Afonso Florence (BA), Paulo Pimenta (RS) e Reginaldo Lopes (MG).
O PT tem a segunda maior bancada da Câmara e há expectativa de acordo entre os pré-candidatos a fim de evitar disputa.

Também na quarta-feira, termina o prazo para a inscrição de candidaturas à liderança do PMDB, o maior partido da Casa, com 67 deputados. O partido está dividido entre alas que apoiam e fazem oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff e vai definir o líder por meio de eleição, no dia 17.
Por enquanto, os candidatos são o atual líder, deputado Leonardo Picciani (RJ), e o deputado Hugo Motta (PB). Em janeiro, o deputado Leonardo Quintão (MG) chegou a ser anunciado como candidato, mas desistiu da disputa e anunciou apoio à recondução de Picciani. Em dezembro do ano passado, Quintão ocupou a liderança peemedebista por cerca de duas semanas, à frente de um movimento de deputados contrários à atuação de Picciani.
Disputa no PMDB
Hugo Motta estranhou a desistência de Quintão, mas espera herdar os votos dos que fazem oposição ao governo. "A decisão do deputado Leonardo Quintão tem que ser explicada à bancada, porque ele havia sido levado à condição de líder justamente por pensar e dizer fazer diferente do atual líder, Leonardo Picciani. Claro que é direito do deputado escolher o líder que ele quiser, mas soa muito estranho uma decisão ser tomada sem justificativa plausível”, afirmou.

Hugo Motta ressalta, no entanto, que pretende unificar o partido. "Isso em nada diminui o nosso desejo de unificar o PMDB. Pelo contrário, fortalece as nossas chances e vamos seguir dialogando com todos e buscando o fortalecimento do nosso partido", disse.
Leonardo Picciani avalia que a decisão de Quintão ajuda a unir o PMDB, sem desrespeitar as divergências internas do partido. "Primeiramente, eu recebo o apoio com gratidão, uma vez que ele retirou a candidatura e passou a me apoiar. Creio que o que move o deputado Quintão é o mesmo que me move: a busca da unidade, da convergência e de um debate que não esteja atrelado a razões pessoais e menores”, declarou.
“Tenho certeza plena de que, sendo reconduzido à liderança da bancada, eu restabelecerei a unidade da bancada. Evidentemente, sempre haverá posições divergentes, mas o líder deve expressar a posição da maioria", afirmou Picciani.
Oposição
O maior partido de oposição já definiu a liderança para 2016: os 53 deputados do PSDB serão conduzidos por Antonio Imbassahy (BA). Já o DEM se reúne na quarta-feira com tendência de aclamar o deputado Pauderney Avelino (AM) como novo líder.

O Psol, que costuma adotar rodízio na liderança, também tem reunião marcada para terça ou quarta-feira a fim de definir o substituto do atual líder, deputado Chico Alencar (RJ).
Outros partidos
O PPS, o PTB e o PP são alguns dos partidos onde a liderança ainda está indefinida. Outros partidos, no entanto, anunciaram a recondução de seus líderes desde o ano passado: são os casos de Fernando Coelho Filho (PE), do PSB; Maurício Quintella Lessa (AL), do PR; e Rogério Rosso (DF), do PSD. O PDT também já definiu que seu líder em 2016 será o deputado Weverton Rocha (MA).

Atribuições
Os líderes são responsáveis pela definição da pauta de votação nas reuniões semanais com o presidente da Câmara. Eles também fazem as orientações de seus partidos durante as votações e escolhem os integrantes indicados para todas as comissões da Casa. Pelo regimento, eles têm direito a usar a palavra em qualquer reunião para defender as ideias de seus partidos.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Pierre Triboli

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