Com a recessão instalada pelo governo Dilma no país, juros no maior nível em dez anos e cotação recorde do dólar, o endividamento das empresas também deu um salto, preocupando investidores e dificultando a retomada do crescimento. Levantamento realizado pelo jornal O Globo, com base em informações agregadas pela Bloomberg, aponta que a dívida líquida de 50 empresas que compõem o Ibovespa, principal índice da Bolsa, saltou 77% em dois anos.
O aumento foi de R$ 366,5 bilhões, mais que o triplo do Orçamento do governo petista para a área da saúde este ano. O levantamento considerou a evolução da dívida líquida entre o terceiro trimestre de 2013 e de 2015. Os dados constam nos balanços patrimoniais padrão compilados pela Bloomberg. A dívida das 50 empresas somou R$ 842,6 bilhões em setembro.
De acordo com matéria publicada do jornal O Globo neste domingo (24), a Petrobras responde por 48% do total (R$ 402 bilhões), após salto de 109% em seus débitos nos dois anos. Das 37 empresas que tiveram um acréscimo em suas dívidas, em 25 delas, o aumento foi de pelo menos R$ 1 bilhão.
De acordo com matéria publicada do jornal O Globo neste domingo (24), a Petrobras responde por 48% do total (R$ 402 bilhões), após salto de 109% em seus débitos nos dois anos. Das 37 empresas que tiveram um acréscimo em suas dívidas, em 25 delas, o aumento foi de pelo menos R$ 1 bilhão. Com isso, as companhias demitem, tentam vender ativos e reduzem o investimento. Enquanto isso, negociam com bancos e credores novas condições de financiamento.
Mais afetados
Em muitos casos também cresceu a alavancagem – relação entre dívida e a geração de caixa nos últimos 12 meses – dificultando a capacidade de quitar os débitos. As empresas do setor de petróleo e mineração foram as mais afetadas. De acordo com o jornal O Globo, na CSN, essa relação saltou de já preocupantes 5,5 para 11,5 – ou seja, a siderúrgica levaria mais de 11 anos para quitar seus débitos com o caixa que gera. A dívida da siderúrgica saltou 31% em dois anos, para R$ 26 bilhões. Com as finanças apertadas, a CSN demitiu 700 funcionários em Volta Redonda (Sul Fluminense) e vai suspender por 90 dias um alto-forno da usina.
Já na Petrobras, a alavancagem foi de 3,3 para 5,3, conforme a Bloomberg. A situação levou a uma onda de rebaixamentos pela Moodys. Segundo o jornal, entre 60 companhias, 50 sofreram ações negativas em 2015, que podem ser downgrades ou piora de perspectiva. Mais de um terço das empresas analisadas pela agência chegaram a 2016 com perspectiva negativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário