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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"ARTIGO : O que História ensina"

Vivo em Mato Grosso desde 25 de agosto de 1976, vindo de Brasília trabalhar no governo Garcia Neto, envolvido num pesado tiroteio do governo federal, das lideranças políticas do Sul do Estado e a da oposição interna. Tudo em torno do processo da divisão do Estado que ganhava corpo forte naquele momento. Disputava-se também o espólio político que ficaria depois, porque boa parte das lideranças iriam para o Sul e se abririam muitos espaços novos no Norte como, de fato, abriu mesmo. Renovaram quase todas as lideranças políticas do novo Mato Grosso resultante da separação de Mato Grosso do Sul.
A divisão foi assinada em outubro de 1977 e a separação política em 1979. Os compromissos financeiros e políticos não foram claramente definidos pela gestão Ernesto Geisel. O primeiro governador Frederico Campos, assumiu em março de 1979 uma promessa de gestão, porque estava tudo de cabeça pra baixo.
A arrecadação estadual era irrisória. Mesmo assim, o governador lutou desesperadamente com o governo federal e viabilizou aquele projeto de Estado. Fez planos estratégicos em energia, transportes, educação, saúde a habitações populares. Seu sucessor, o governo Júlio Campos fez uma administração ousada. As duas gestões seguintes foram medíocres.
Em 1995 Dante assumiu as conseqüências do não-cumprimento da Lei-Complementar 31/77 que dividiu o Estado. O Programa de Desenvolvimento de Mato Grosso – Promat, previa uma complementação financeira por dez anos até que o novo Estado se viabilizasse. O governo federal quebrou em 1983 e só cumpriu quatro anos da Lei-Complementar.
            Mesmo nesse ambiente de terra arrasada, as gestões anteriores e a de Dante foram capazes de contornar as crises e viabilizar Mato Grosso que chegou ao ponto atual. Hoje as crises farão maior estrago do que então. Em 1983 o governo federal quebrou na segunda crise do petróleo. Hoje, igualmente quebrou, na gestão do Partido dos Trabalhadores.
            O exemplo das crises anteriores e a superação alcançada não permitem que uma crise, por maior que seja, inviabilize o Estado. Até porque os estragos hoje seriam muito maiores do que naquelas épocas. Mas o recado das experiências anteriores é claro: é preciso aprender a conversar com a sociedade!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
ribeiro.onofre@gmail.com    www.onofreribeiro.com.br

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