A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão se reúne hoje para ouvir o presidente da empreiteira Engevix, José Antunes Sobrinho. Ele já havia sido convocado no início do mês, mas não compareceu devido ao falecimento da irmã.
A Engevix é acusada de corrupção ativa e formação de cartel pela Operação Lava Jato e é ex-controladora da Desenvix, empresa que recebeu investimentos do fundo de pensão da Caixa Econômica Federal, a Funcef.
No ano passado, a Desenvix foi comprada por uma empresa norueguesa (Statkraft), mas a Funcef permaneceu dona de 18% da empresa, que tem entre seus ativos seis usinas hidrelétricas, além de participações em outras quatro hidrelétricas, um complexo eólico na Bahia e outro em Sergipe.
O presidente da CPI dos Fundos de Pensão, deputado Efraim Filho (Dem-PB), disse que o objetivo da comissão é investigar se houve interferência política nesses investimentos que causaram prejuízos ao fundo. "Os fundos de pensão sempre foram uma grande caixa preta no Brasil. Pouca transparência. Uma regulação extremamente confusa. Uma legislação ainda frágil, pouco madura, que acabou permitindo que gestores de má fé pudessem fazer direcionamento dos investimentos e fossem esses fundos saqueados."
Prorrogação
Um pedido de prorrogação da CPI por mais 60 dias deve ser analisado pelo Plenário da Câmara. O prazo final dos trabalhos é 19 de março. O relator da comissão, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), avalia que a investigação pode avançar caso a prorrogação seja aprovada. "Se prorrogar, é bom pra CPI. Se não prorrogar, vamos fazer um relatório com a mesma consistência que faríamos se não prorrogar."
O depoimento do presidente da Engevix está marcado para as 14h30, no plenário 1.
Reportagem - Geórgia Moraes
Edição – Regina Céli Assumpção
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