Nesta nova etapa da operação Lava Jato, o publicitário João Santana, que trabalhou nas campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, é suspeito de ter recebido pagamentos com dinheiro de propina relativa a contratos da Petrobras. Santana e a mulher, Mônica Moura, foram presos em Curitiba nesta terça.
Eduardo Cunha afirmou que a análise do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff vai seguir normalmente assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) esclarecer as dúvidas sobre o rito de tramitação do processo na Câmara, sem relação direta com a Operação Acarajé.
"Eu não quero entrar no mérito de comentar isso, porque a natureza de um processo é uma e a do outro é outra. Pode acelerar, aumentar ou diminuir a disposição de quem quer apoiar ou não apoiar. Mas o processo [de impeachment] em si vai seguir tão logo o Supremo decida. Vai seguir normalmente o cronograma que tiver de seguir. E o que vai acontecer vai depender da Casa".
Comitê pró-impeachment
Cunha classificou de "gesto político normal" a decisão dos partidos de oposição de criar um comitê para retomar o movimento pró-impeachment da presidente Dilma.
Liminar negada
Ele também comentou a decisão da ministra do STF, Rosa Weber, que, nesta terça, indeferiu o pedido de liminar pelo qual o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), contesta a decisão do 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que determinou a retomada, desde o estágio inicial, do processo contra Cunha no Conselho de Ética. A ministra negou a liminar, mas pediu esclarecimentos à Câmara.
"Pelo que eu vi do espelho que ele protocolou, era uma decisão absolutamente esperada. Aquilo era uma peça de ficção e não dá para achar que o Supremo vá mudar a forma de interpretação do Regimento da Casa. O presidente do Conselho de Ética gera fatos para continuar na mídia", disse Cunha.
Comissões
O presidente da Câmara reafirmou que retomará os debates para a composição das 23 comissões temáticas da Câmara só após a definição de todos os líderes partidários. O Partido Progressista (PP), por exemplo, só deve escolher o seu líder nesta quarta (24).
Sobre eventuais requerimentos de prorrogação de comissões parlamentares de inquérito em curso, Eduardo Cunha garantiu que todos serão levados à votação no Plenário, assim que forem formalizados.
Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição – Luciana Cesar
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