Os líderes partidários resolveram esperar o fim da “janela partidária” para definir a criação de cargos para a liderança dos novos partidos Rede e PMB, criados no ano passado, que contam com bancada na Câmara de 5 e 19 deputados, respectivamente. Como o Congresso Nacional promulgou nesta quinta-feira (18) a emenda constitucional 91, que abre prazo de 30 dias para que políticos troquem de partido sem perder o mandato, os líderes avaliam que mais legendas podem ganhar ou perder parlamentares, o que afetaria a definição dos cargos.
Líder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) avalia que aproximadamente 50 deputados deverão trocar de partido. Já o líder do PR, deputado Maurício Quintella Lessa (AL), disse que, após essa movimentação, será possível tomar uma decisão única. “Não tem sentido em votar uma resolução sobre o assunto agora”, afirmou Quintella.
Distribuição proporcional
A sugestão do líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), é que a distribuição dos cargos para as lideranças seja proporcional ao tamanho das bancadas. Ele criticou uma proposta inicialmente apresentada de criar 77 cargos para o PMB e 25 para Rede. “Somos contra a criação de novos cargos, porque não houve aumento no número de deputados, apenas uma redistribuição. Se temos novos partidos, temos de redistribuir os cargos, e essa deveria ser uma regra permanente, até porque não há espaço físico na Casa”, defendeu.
Bueno lembrou que hoje as lideranças dispõem de mais de 200 cargos ocupados por servidores efetivos e cerca de 1,1 mil cargos de natureza especial (CNEs).
Comissões permanentes
Em relação às eleições para as comissões permanentes da Casa, os líderes disseram que vão esperar que todos os partidos definam seus líderes – o PP ainda não definiu o seu – para a definição da composição e direção dos colegiados.
Reportagem – Noéli Nobre
Edição - Luciana Cesar
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