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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Relatório inclui dados de 30 países, mas afirma que metade dos casos ocorreu em apenas três: Egito, Etiópia e Indonésia. Agência da ONU alerta que número de vítimas deve aumentar significativamente nos próximos anos.
Pelo menos 200 milhões de meninas e mulheres foram vítimas de mutilação genital em 30 países, afirmou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em relatório divulgado nesta sexta-feira (05/02), o mais completo já feito sobre o assunto.
O documento traz 70 milhões de casos a mais que o estimado em 2014. Segundo o órgão, isso aconteceu porque a população cresceu em alguns lugares e porque a pesquisa passou a incluir mais dados da Indonésia, onde a prática é muito comum e onde antes não havia dados confiáveis.
O relatório afirma que o montante se refere a números de procedimentos de mutilação genital realizados, prática que, "independentemente da forma como é feita, é uma violação dos direitos das crianças e mulheres".
Segundo o Unicef, três países – Egito, Etiópia e Indonésia – concentram metade dos casos. Das 200 milhões de vítimas, 44 milhões são meninas de até 14 anos. Em vários países, a prevalência da mutilação genital nessa faixa etária supera 50%. Na Indonésia, por exemplo, cerca de metade das meninas de até 11 anos já foi submetida à prática. No Iêmen, 85% das garotas são mutiladas na primeira semana de vida, segundo o Unicef.
Já os países com uma maior prevalência de casos na faixa dos 15 aos 49 anos são a Somália, com 98%, a Guiné, com 97%, e o Djibouti, com 93%.
Apesar dos números alarmantes, a agência das Nações Unidas diz que a oposição a esta prática está ganhando força no mundo. Desde 2008, mais de 15 mil comunidades e distritos em 20 países declararam publicamente que estão abandonando a mutilação genital. Além disso, cinco países aprovaram leis que criminalizam a prática.
De qualquer forma, a taxa de progressão não é "suficiente para acompanhar o crescimento populacional" e, se as atuais tendências se mantiverem, "o número de vítimas vai aumentar significativamente ao longo dos próximos 15 anos", diz a pesquisa.
"Determinar a magnitude da mutilação genital feminina é essencial para eliminar a prática", afirmou Geeta Rao Gupta, diretora-executiva do Unicef. "Governos que coletam estatísticas nacionais sobre o assunto estão em melhor posição para entender a extensão do problema e acelerar os esforços para proteger os direitos de milhões de meninas e mulheres."
EK/ap/dpa/lusa/rtr

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