Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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domingo, 6 de março de 2016

"ARTIGO : Algo novo ar.."

Há dez anos passados escrevi neste espaço um texto sobre as crianças índigo que se descobria existirem. Até então, não se falava nesse assunto. Acabei por estudá-lo em profundidade nesses anos. São jovens que nasceram a partir próximo de 1982, com uma missão diferente: transformar o mundo tradicional. A partir de 2002 começou a nascer outro tipo de criança, as chamadas cristal, até por volta de 2012. Dali pra frente outro grupo, o das estrelas. O que isso quer dizer? Desde as primeiras até agora, um tipo de “chip” novo passou a vir junto nessas crianças que viverão o mundo das tecnologias e das profundas transformações econômicas, políticas, sociais e climáticas no mundo.

            Trago o assunto, lembrando-me da Operação Lava-Jato. Na sua maioria ela é formada por gente da geração índigo, uma geração que nasceu sem medo e tem uma consciência transformadora muito forte. Um dos procuradores federais da operação, Deltan Dallagnol, 34 anos (nascido em 1982), esteve em Cuiabá no mês de outubro do ano passado. Fui ouvi-lo no Ministério Público Federal falar sobre corrupção. Impressionou-me sua firmeza e a inflexibilidade com os comportamentos frouxos da política, da gestão pública e privada e com os acordos indecentes que ali se firmam.
            Esse pessoal índigo forma a Operação Lava-Jato, em torno de 200 pessoas, a maioria altamente qualificada, como Moro e Deltan, do Ministério Público Federal, Polícia Federal e Justiça Federal. Estão apoiados por sistemas de computadores, de programas de buscas e formadores de relatórios contábeis e financeiros, capazes de rastrear dinheiro, mensagens eletrônicas, pessoas e telefonemas de forma assustadora.
            Mas isso não bastaria se não fossem determinados por uma convicção transformadora. Volto aqui a lembrar a sua condição de índigos. Jovens delegados, jovens procuradores e jovens juízes federais convictos de sua missão restauradora da crença na moralidade. Quando vemos essa galera não nos atentamos para essa vocação de missão que os norteia. Em 2005, no Mensalão, a geração anterior ainda militava nesses órgãos fiscalizadores. Já se aposentou e entrou no seu lugar a geração índigo.
            Concluo, arriscando-me a dizer que entre o que se vê na Lava-Jato e o que não se vê, tem a mesma sentença do futuro, quando a partir de 2018 os cristais também estarão atuando na vida adulta. Tempos de profunda transformação estão nos atropelando e prometem não deixar pedra sobre pedra.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
ribeiro.onofre@gmail.com    www.onofreribeiro.com.br

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