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quinta-feira, 31 de março de 2016

"Em reunião interna, CPI das OSS ouve representante do IPAS"

Os trabalhos desenvolvidos nos hospitais de Colider e Alta Floresta surgiram de um convite recebido pelo Conselho do IPAS. “Mas, como conselheiro do IPAS, fui contrário, por causa de atraso de repasses. Entretanto, o instituto assumiu sob contrato de gestão de emergência, pelo prazo de 180 dias.   Essas unidades estavam completamente  desestruturadas, com obrigações trabalhistas vencidas. Na época, o Estado forneceu R$ 2 milhões para custeio e R$ 1 milhão para investimento. Isso tudo no ato da assinatura do contrato”, afirmou Paranhos. No depoimento, Paranhos afirmou que a falta de recursos era a constante.  Em vez de o administrador estar dentro da unidade administrando, ele estava nas secretarias do Estado mendigando centavos para manter abertas as unidades hospitalares.


“Muitos funcionários e médicos estavam insatisfeitos no dia a dia. Foi por isso que o IPAS pediu a rescisão do contrato. Mas aconteceu de forma unilateral pelo Estado”, disse Paranhos.

Paranhos informou que, em Colíder e Alta Floresta, o IPAS não sofreu rescisão, mas intervenção. A partir desse momento, segundo ele, "o instituto passou a ser 'persona non grata' ao Estado, não recebendo nenhum recurso e muito menos documentos como, por exemplo, CNPJ utilizado pelo Estado”, disse ele.

Durante a gestão do IPAS, de acordo com Paranhos, os recursos eram colocados em apenas três contas em cada unidade hospitalar. Uma era para custeio, outra para formação de reserva legal e a terceira para investimentos. Foi definido que a verba de custeio poderia ser gasta na unidade de origem, não poderia ser investido em outra região.  

O passivo em aberto desde 2014, após a saída do IPAS, era de cerca de R$ 437 mil. Até esse ano, não havia nada vencido. Em 2015, o valor era de R$ 1,499 milhão. Em 2016, os recursos chegaram a R$ 3,906 milhões. Existe, segundo Paranhos, em nome do IPAS, um passivo total de R$ 5,848 milhões.

Lis Ramalho

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