
A Fazenda Triangle H. trabalha hoje com cria, recria e confinamento e tem capacidade para 5 mil cabeças de gado. A comitiva foi recepcionada ainda no hotel por um dos donos, Samuel Hands, que levou o grupo até a fazenda. Antes dos 26 membros entrarem na propriedade passaram pelo processo de higienização dos calçados, o pé de lúvio, para evitar contaminação dos animais.
Em frente a um dos lotes de confinamento, Sam, como é conhecido, falou sobre a história de sua família. "A minha família está operando na região há mais de 100 anos. Eu sou a quinta geração, meu filho já está inserido nas atividades e meu neto já começou a ser inserido para continuar trabalhando na propriedade", informou.
Sam diz que não há nenhum incentivo por parte do governo para que a sucessão familiar aconteça, mas a paixão da sua família pela terra garante a continuidade dos negócios. "Nos Estados Unidos temos muitas famílias trabalhando no que o bisavô começou. A determinação desse povo é bastante presente. Antes eles faziam muitos serviços braçal agora tem a ajuda da tecnologia. Mas a paixão por produzir comida é a mesma, seja dirigindo o trator em linha reta ou com o GPS".
Na segunda propriedade visitada, o grupo também passou pela higienização dos sapatos e o encarregado de confinamento, Keith Bryant, que não é da família Lee, proprietária da Reeve Cattle Company, apresentou em um power point as atividades da fazenda. A Cattle atua com a finalização dos animais, ou seja a engorda, com capacidade de 30 mil cabeças de gado, integrado a isso eles têm uma Usina de Etanol, que produz o DDJ, usados na ração dos animais.
Bryant contou que a família Lee, assim como muitas outras famílias americanas, recebeu as terras do governo há mais de 100 anos. Por ser um terreno arenoso, de difícil produção muitas famílias desistiram. A família Lee tentou uma inovação para a época e que hoje é muito comum: a irrigação por pivô. Eles produzem principalmente alfafa e milho, usados na alimentação dos animais. Para ele, a determinação passada de geração em geração é que o que mantem a propriedade com a mesma família.
O encarregado afirma que na propriedade a mão de obra não é um problema, não há alta rotatividade e a empresa investe em qualificação para manter o pessoal treinado, além de alguns programas que eles participam. "Eu diria que 90 a 95% dos treinamentos com os gerentes e supervisores são feitos na empresa, mas existe visitas de veterinários que treinam a mão de obra e as vezes tem encontros de consultores que eles enviam alguns empregados para se qualificarem".
Na parte da tarde o grupo visitou a Five Riveers Catle Feeding Grant Country, do Grupo JBS, e foi recebido pelo gerente geral do confinamento, Chad Gross. De ônibus, o grupo fez um tour pela propriedade que tem capacidade para 120 mil cabeças de gado. Já lá conseguir mão de obra qualificada é um problema. "Como aqui são serviços muito específicos, os trabalhadores são treinados na própria fazenda".
O presidente de Nova Canaã do Norte e produtor rural, Mário Wolf, admitiu que ficou admirado com o sucesso das famílias que conseguem fazer a sucessão familiar nos Estados Unidos. Mas destacou que a carga de impostos muitas vezes obriga os herdeiros a se desfazerem da propriedade para evitar ou pagar dívidas. "É muito injusto com o produtor", avalia.
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GECOM Senar-MT
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