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quinta-feira, 24 de março de 2016

"Líderes da oposição pedirão que PGR investigue presidente Dilma, Lula e ministros"

Antonio Imbassahy - PSDBJá líderes governistas rechaçam agressões a ministro do Supremo por conta de decisão em relação à investigação de Lula.
Os líderes do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade na Câmara dos Deputados anunciaram, nesta quarta-feira (23), que vão entrar com representações na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a investigação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva pelos supostos crimes de obstrução de Justiça e advocacia administrativa.

Eles também pedirão a investigação dos ministros Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) e Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da presidente) pelos mesmos crimes. Serão ao todo três ações.
Segundo o Líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), as representações têm como base os áudios revelados durante a Operação Lava Jato, divulgados pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, com conversas entre Lula, Dilma e outros petistas.

No Supremo
Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou em decisão liminar que Moro envie à Corte os áudios do ex-presidente Lula, interceptados na operação, e processos que envolvem o petista e tramitam atualmente em Curitiba (PR).

A decisão atende a um pedido da Advocacia-Geral da União, que argumenta que Moro não deveria ter divulgado o conteúdo das interceptações telefônicas que envolviam figuras com foro privilegiado, como a presidente Dilma.
Mas, para Imbassahy, a gravação e a divulgação dos áudios foram legais e revelam a “intenção clara” da presidente Dilma de obstruir a Justiça, ao nomear o ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil.
Para o parlamentar, os áudios também revelam que Edinho Silva e Jaques Wagner usaram os cargos de ministros do Estado para defender interesses particulares, o que caracterizaria a advocacia administrativa.
Na visão do líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), as gravações são legais porque a presidente Dilma e os ministros não foram alvos das interceptações telefônicas, mas foram captados fortuitamente.
Cenário de violência
O vice-líder do PT deputado Paulo Pimenta (RS) considera a iniciativa “mais um ato de desespero de uma oposição que revela a sua incapacidade de conviver com a democracia”.

Luis Macedo
Paulo Pimenta
Paulo Pimenta: mais um ato de desespero de uma oposição que revela a sua incapacidade de conviver com a democracia
“São medidas que têm como objetivo única e exclusivamente aumentar a tensão, agravar o cenário de instabilidade política e econômica. A oposição adotou uma prática de quanto pior melhor. Essa postura é responsável inclusive pelo cenário de violência que está ocorrendo”, afirmou.
Paulo Pimenta rechaçou as agressões ao ministro do STF Teori Zavascki, durante a madrugada desta quarta-feira (23), por conta da decisão em relação à investigação de Lula, além de ter criticado as incitações de ódio ao ministro nas redes sociais. “São segmentos da sociedade que não respeitam a Constituição, tentando inclusive intimidar membros da Suprema Corte”, disse.
O líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), afirmou que, independentemente do mérito, a decisão de Teori tem de ser respeitada. “Não dá para constranger qualquer cidadão, não dá para constranger um ministro do Supremo”, disse. Segundo ele, o Ministério da Justiça já tomou providências para garantir “a segurança pessoal e as salvaguardas constitucionais” do ministro Teori.
Mensalão e Itamaraty
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) anunciou que os partidos de oposição também darão entrada na PGR com pedido de reabertura do inquérito do chamado “mensalão” para nele incluir o ex-presidente Lula.

O parlamentar disse que a oposição irá requerer informações, ao Ministério das Relações Exteriores, sobre o envio de telegramas a embaixadas e representações do Brasil no exterior que alertariam para o risco de um golpe político no País. Para ele, tratou-se de crime de lesa-pátria.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Newton Araújo

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