Em nova fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal cumpre mandados
nos endereços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu filho,
Fabio Luís Lula da Silva. Lula é levado para depor.
A Polícia Federal (PF) deflagrou a 24ª fase da Operação Lava Jato e
cumpriu mandados nas residências do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva. A PF esteve também no
Instituto Lula e num escritório da construtora Odebrecht.
O ex-presidente foi levado pela Polícia Federal para depor. Segundo a Folha de S. Paulo, os advogados de Lula haviam entrado com um habeas corpus
para evitar a medida, mas ele valia somente para São Paulo, e não para
Curitiba, de onde o juiz responsável pela Lava Jato, Sérgio Moro,
despacha.
Os mandados foram cumpridos nas primeiras horas da manhã desta
sexta-feira (04/03). Carros da PF chegaram à casa de Lula, em São
Bernardo do Campo, por volta das 6h (horário de Brasília), assim como ao
apartamento do filho do ex-presidente, conhecido como Lulinha, no
bairro de Moema, na zona sul de São Paulo. Também há relatos da presença
de agentes no Instituto Lula, no Ipiranga, e num escritório da
Odebrecht, também na capital paulista.
A operação foi iniciada com base nas investigações sobre a compra e
reforma de um sítio em Atibaia, o triplex no Guarujá e a relação do
ex-presidente com empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Batizada de Aletheia, uma referência a uma expressão grega que significa
"busca da verdade", a nova fase da Lava Jato é cumprida em três estados
e, ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e
apreensão e 11 de condução coercitiva. Segundo a PF, entre os crimes
investigados estão corrupção e lavagem de dinheiro, todos relacionados
ao esquema envolvendo a Petrobras.
A ação é realizada um dia após a revista IstoÉ ter revelado o suposto conteúdo da
delação premiada do senador petista Delcídio do Amaral. Segundo o parlamentar, Lula mandou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e de outras testemunhas.
Ele também teria afirmado que a presidente Dilma Rousseff, junto com o
ex-ministro da Justiça e agora ministro da Advocacia Geral da União
(AGU), José Eduardo Cardozo, teria tentado interferir na operação e
buscado indicar ministros aos tribunais superiores para favorecer
acusados.
PV/efe/ots
Nenhum comentário:
Postar um comentário