O líder do Partido da República no Senado, Wellington Fagundes (MT), criticou nesta quinta-feira, 3, a atuação do Banco do Brasil nas operações de financiamento com os recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Durante audiência pública na Comissão de Agricultura, com a presença da ministra Katia Abreu, da Agricultura, ele afirmou que o BB “não tem sido um banco de fomento” para a cadeia produtiva.
Wellington pediu a ministra que discuta com a direção da instituição medidas que possam permitir que empresários do meio rural possam acessar o FCO em forma de fomento. Atualmente, os recursos dessa linha de crédito são oferecidos na modalidade comercial, com juros de mercado. “Não temos praticamente nada de novo do Banco do Brasil” – frisou.
O republicano disse que o Brasil perde grande oportunidade de se transformar no maior e mais importante produtor de proteína animal do mundo por falta de incentivos. Ele citou o caso de Mato Grosso, que dispõe de matéria prima para fabricação de ração mais barata, mas essas fábricas acabam enfrentando dificuldades de operação por não acessar de forma adequada os financiamentos.
Wellington Fagundes destacou que as fábricas de ração enfrentam sazonalidades e observou tratar-se de uma cadeia de baixa lucratividade. Segundo ele, “é preciso haver financiamento para começar”.
O líder do PR no Senado também tratou com a ministra Katia Abreu sobre a necessidade de modernizar a gestão da Defesa Agropecuária, com a informatização e automação dos processos. Wellington disse – corroborado pelos senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Waldemir Moka (PMDB-MS) –, que o tema deveria contar com mais apoio financeiro e reforço na contração de pessoal. “Estamos aumentando a produção e diminuindo os técnicos no campo” — disse Wellington. A ministra garantiu que governo tem ampliado os investimentos em inteligência, para aumentar a proteção das fronteiras.
Outra questão levantada pelo senador Wellington diz respeito à vigilância agropecuária nos portos e aeroportos e nas fronteiras que, segundo ele, também carece de uma legislação específica e moderna. Ele informou à ministra que existe um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados tratando do assunto. “E quero o seu apoio para que sua influência, aliada ao trabalho da Frente Parlamentar e da Comissão de Agricultura coloque este projeto em regime de urgência” – destacou à gestora.
Da assessoria
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