Brinco com o título sobre a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso, aproveitando a sua apresentação da última quinta-feira, chamada de “Temporada 2016 – concerto de abertura”. Devo confessar que foi um momento de raríssima beleza. O jovem maestro Fabrício Carvalho, de larga experiência em regência, dirigiu um concerto que viajou no tempo das músicas. Passou por temas delicados de filmes como o “Cinema Paradiso”, ou vibrantes como em “A Missão”, em clássicos como as “Czardas”. Mas arrasou completamente na execução sinfônica de rock pesados, intercalando magníficos duelos entre o violino extraordinário do jovem cuiabano Yllen Almeida, e a guitarra estridente. Ou o Yllen dialogando com o oboé de Gabriel.
Teatro Universitário cheio na quinta e todos os ingressos vendidos pra sexta-feira. Encantei-me com a orquestra, com os números executados, pela amplitude temática da nossa querida orquestra. Adorei em particular a presença do mineiríssimo Flávio Venturini, com sua barroquice mineira herdada do extraordinário Clube da Esquina de Minas, de onde emergiram ícones como Milton Nascimento, Wagner Tiso, entre outros e o próprio Venturini.
Gostei muitíssimo de ver também um público que se habituou a ouvir orquestras e compreender a dinâmica, aplaudir na hora certa e compreender que está diante de algo mais sublime. Mesmo que seja uma mistura pop com o espírito sinfônico da música clássica vestindo a cultura popular.
Grande orquestra! Grande Maestro Fabricio Carvalho! Grande Yllen Almeida! Grande Flávio Venturni! Grande público apreciador da beleza!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
onofreribeiro@onofreribeiro.com.br
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