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quinta-feira, 28 de abril de 2016

"Comissão do Impeachment fará quatro reuniões para ouvir testemunhas"

Além dos autores do pedido de impeachment de Dilma e do advogado-geral da União, serão ouvidos pelos senadores especialistas indicados pelo governo e pela oposição.
Geraldo Magela
comissão do impeachment Senado
Comissão do Impeachment no Senado ouvirá, nesta quinta-feira (28), os autores do pedido de destituição de Dilma Rousseff por crime de responsabilidade
A comissão especial do Senado que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef vai ouvir ministros e juristas nos próximos dias.
A votação do parecer que definirá a admissibilidade do pedido, já aprovado pela Câmara, será no dia 6 de maio. Até lá, defesa e acusação terão tempo para falar em quatro reuniões. 

Depoimentos
Nesta quinta-feira (28), às 16 horas, os senadores ouvirão os autores do pedido de impeachment de Dilma: os advogados Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

Na sexta (29), ), às 9 horas, será a vez da defesa da presidente Dilma Rousseff, representada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Além dele, também serão convidados para a reunião os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa; e da Agricultura, Kátia Abreu; e um representante do Banco do Brasil. 

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), as oitivas contribuem para a discussão em torno da argumentação do pedido de impeachment, que é baseada nas pedaladas fiscais: "Nós vamos ouvir o Ministério da Agricultura, que era o responsável pelo Plano Safra, e o Banco do Brasil, que precisa dizer se houve ali uma operação de crédito, como eles querem forçar que tenha havido: se houve alguma irregularidade e quem realmente tinha crédito em relação ao outro - o banco em relação ao governo ou o governo em relação ao banco. Então é importante que o banco [do Brasil] esteja aqui". 

Já o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) apontou uma estratégia do governo de querer transferir a responsabilidade da presidente da República para outros órgãos: "Ela praticou as pedaladas como? Exigindo que esses bancos financiassem aquilo que ela [Dilma] deveria ter no orçamento para bancar, ou seja, cortesia com chapéu alheio. E agora ela [Dilma] quer responsabilizar o Banco do Brasil, quer responsabilizar o FAT, quer responsabilizar o BNDES, quer responsabilizar a Caixa Econômica Federal e quer lavar as mãos". 

Próxima semana
Na próxima semana, outras duas reuniões serão dedicadas a especialistas contra e a favor do impeachment da presidente Dilma. Na segunda-feira (2), serão ouvidos os professores Geraldo Luiz Mascarenhas Prado e Ricardo Lodi Ribeiro e o ex-presidente da OAB Marcello Lavenère, indicados por senadores governistas.

Na terça-feira (3), serão ouvidos o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU); o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Veloso; e o professor José Maurício Conti, indicados pela oposição.
Reportagem - Geórgia Moraes
Edição - Luciana Cesar

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