Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA

PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA
na Rádio Cuiabana FM 106.5 de Segunda a Sexta das 16hs ás 17hs e nas plataformas digitais.

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

sábado, 30 de abril de 2016

"Processo de impeachment é nulo, diz José Eduardo Cardozo"

Cardozo ao lado do relator da comissão, o senador Antonio Anastasia Advogado-geral da União afirma que há falhas desde o início do processo e o chama de golpe perante senadores da comissão do impeachment. Defesa de Dilma conta ainda com os ministros da Fazenda e da Agricultura. Ao apresentar a defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão especial do Senado que analisa o pedido de impeachment, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feira (29/04) que o processo de afastamento é nulo. Cardozo argumentou que, desde o início, há falhas no processo, a começar pela autorização da abertura pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, onde houve desvio de finalidade. A defesa alega que Cunha autorizou o pedido como retaliação ao PT, que declarou que não iria apoiá-lo no conselho de ética da casa. O ministro disse ainda que o impeachment, como está sendo colocado na atual tramitação no Congresso, configura-se em golpe, pois não está respeitando os preceitos da Constituição. Segundo Cardozo, para o afastamento de um presidente é necessário a ocorrência de um atentado contra a Constituição, e isso não ocorre nas acusações que pesam sobre Dilma.
"Se o impeachment for feito em desconformidade com a Constituição e sem o devido processo legal, aí o impeachment é golpe", disse Cardozo.
O ministro lembrou que as contas do governo federal precisam ser analisadas pelo Tribunal de Contas de União (TCU) e depois serem submetidas à avaliação do Congresso, e isso ainda não ocorreu em relação ao ano referente à acusação no processo de afastamento de Dilma.
"Essa precipitação e açodamento de fazer o impeachment sem antes julgar as contas é evidente caracterização de um desejo puramente político do afastamento da presidente, o que é inaceitável no presidencialismo. É próprio do parlamentarismo, mas inaceitável no presidencialismo", afirmou Cardozo.
Decretos e "pedaladas"
A defesa técnica da presidente foi feita pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que se concentrou em rebater os dados que embasaram a denúncia. Barbosa negou irregularidades nos decretos de suplementação orçamentária e nas chamadas "pedaladas fiscais", manobras caracterizadas pelo atraso no repasse de recursos a bancos públicos para pagamentos de programas do governo.
O ministro argumentou que a emissão desses decretos está de acordo com a lei orçamentária anual e garantiu que esse mecanismo não cria despesas extras, mas apenas as reorganiza em função das receitas. Sobre as "pedaladas" citadas no processo – o atraso de pagamentos ao Banco do Brasil relacionados ao Plano Safra –, Barbosa negou que tenham acontecido e ressaltou que não se tratou de um ato da presidente.
O ministro acrescentou ainda que o Congresso aprovou a revisão da meta fiscal. "Onde esta a irregularidade? A meta fiscal foi cumprida. Os parlamentares a alteraram, e a meta foi cumprida", lembrou.
"Subvenção não é empréstimo"
Além de Cardozo e Barbosa, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, também participou da defesa de Dilma. Abreu focou sua argumentação na acusação sobre as "pedaladas fiscais" e afirmou que subvenção agrícola não pode ser comparada a um empréstimo.
Os autores do pedido de impeachment argumentam que as "pedaladas fiscais" seriam empréstimos de bancos públicos à União, o que é vedado pela lei.
"Operação de crédito é o que o produtor assume com o banco. Não há deslocamento de dinheiro do banco para o Tesouro. O banco desloca para o produtor, e o Tesouro desloca para o banco", afirmou Abreu, detalhando os recursos e fontes de crédito relativos ao Plano Safra.
"Eu apoio a presidente Dilma pela reciprocidade que ela deu à agricultura brasileira nos últimos cinco anos. Acredito na idoneidade e na honestidade da presidente", ressaltou Abreu.
A argumentação da defesa da presidente seguiu a mesma linha da apresentada na Câmara dos Deputados.
CN/rtr/abr
DW.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário