Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA

PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA
na Rádio Cuiabana FM 106.5 de Segunda a Sexta das 16hs ás 17hs e nas plataformas digitais.

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

sexta-feira, 24 de junho de 2016

"Britânicos decidem deixar a União Europeia"

Em disputa acirrada, 51,8% dos eleitores votam pelo Brexit. Libra esterlina tem maior queda desde 1985. O resultado deve gerar abalos políticos internos no Reino Unido.Em disputa acirrada, os britânicos decidiram nesta quinta-feira (23/06) pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE), após mais de 46 milhões de eleitores terem ido às urnas no chamado referendo sobre o Brexit. Do total, 51,8% votaram pela saída do país do grupo e 48,2%, pela permanência – 17.410.742 pelo Brexit, 16.141.241 contra. As urnas foram abertas às 7h (horário local), e os 382 locais de votação foram fechados às 22h (horário local). Estima-se que mais de 46 milhões de britânicos tenham dado seu voto nesta quinta-feira, dia que ficou marcado como a primeira vez em que um país membro decide deixar a União Europeia. Esta foi a maior participação percentual popular num plebiscito nacional desde 1992.
Ainda antes do resultado oficial, o líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Neil Farage, celebrou a vitória do Brexit. "Lutamos contra as multinacionais, contra os grande bancos, contra a grande política, contra a mentira, a corrupção. E hoje vencerá a honestidade, a decência e a crença na nação", disse.
"Que o 23 de junho entre para a nossa história como o nosso dia da independência. Vamos nos livrar da bandeira [da UE], do hino, de Bruxelas e de tudo que deu errado. Espero que essa vitória quebre este projeto fracassado e nos leve a uma Europa de países soberanos negociando entre si", concluiu Farage.
Farage aproveitou para pedir a renúncia do premiê David Cameron. "Acho que precisamos de um primeiro-ministro do lado do Brexit", opinou, sugerindo alguns nomes. "Essa competição poderia ser entre Michael Gove, Boris Johnson e Liam Fox."
David Cameron Brexit
David Cameron BrexitCameron ocupa o cargo de premiê britânico desde 2010
Cameron anuncia renúncia
Na manhã desta sexta-feira (24/06), o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou na manhã que seu Partido Trabalhista terá outro primeiro-ministro em outubro. O anúncio desencadeou uma corrida de lideranças dentro do partido.
"Eu não acho que seria certo eu ser o capitão que levará nosso país ao seu próximo destino", disse Cameron a repórteres em Downing Street. Ele disse que já informou a rainha Elizabeth 2ª sobre suas intenções.
A decisão foi tomada a despeito de uma carta de apoio a Cameron assinada por mais de 80 aliados do partido, publicada antes de o resultado do referendo ser conhecido. A carta dizia que o premiê tinha "o dever" de permanecer no cargo independentemente do resultado. Vários eurocéticos conservadores, contudo, não assinaram a carta.
Resultado deve gerar crises políticas internas no Reino Unido
A votação foi favorável pela permanência na UE na Irlanda do Norte e na Escócia, onde 100% dos distritos eleitorais votaram contra o Brexit. Por outro lado, País de Gales e o território inglês decidiu pela saída. Na Inglaterra, apenas no sudeste e em Londres predominaram os votos favoráveis pela permanência. Ou seja, áreas rurais e industriais decidiram pelo Brexit.
O resultado deve gerar abalos políticos internos no Reino Unido. O partido irlandês Sinn Fein se manifestou pedindo por uma votação pela reunificação irlandesa. O presidente da legenda, Gerry Adams, afirmou que se o Reino Unido deixar a UE o governo britânico "perdeu qualquer mandato" para representar os interesses das pessoas da Irlanda do Norte.
Além disso, a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, afirmou que a Escócia "vê seu futuro na UE"."A Escócia, claramente e decisivamente, votou pela permanência na União Europeia com 62% contra 38%", disse Sturgeon, que, antes do referendo, já tinha mencionado que o resultado poderia antecipar a independência escocesa.
As primeiras consequências já foram sentidas nas bolsa de valores. Durante a contagem dos votos, a libra esterlina Libra esterlina sofre maior queda desde 1985sofreu sua maior desvalorização# desde 1985.
O referendo foi convocado pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, com intuito de por fim ao debate de décadas sobre a posição do Reino Unido na UE. A campanha, que dividiu lideranças políticas locais e também a população, como se viu no resultado acirrado, focou-se em aspectos econômicos e migratórios e ficou marcada pelo assassinato da deputada Jo Cox, contrária ao Brexit.Saída versus permanência
A campanha pela saída do país do bloco alegava que o Reino Unido perde soberania estando submetido às regras da UE. Os favoráveis também focaram nos problemas gerados pela imigração, alegando que o bloco poderia não conseguir controlar esse fluxo, o que traria muitos estrangeiros para o Reino Unido. O ex-prefeito de Londres Boris Johnson, um dos maiores defensores do Brexit, ressaltou aos eleitores antes da votação que essa seria a última chance de deixar a UE.
Cameron, por outro lado, foi a principal figura britânica a apoiar a campanha pela permanência do país no bloco, apontando o caos econômico que o Brexit poderá gerar com a perda do acesso ao livre-comércio com a UE. "Vá e vote pela permanência para um Reino Unido maior e melhor dentro da União Europeia reformada", disse o primeiro-ministro na véspera do referendo.
Líderes estrangeiros, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e até o presidente chinês, Xi Jinping, pediram aos britânicos que votassem pela permanência do Reino Unido na UE, uma posição apoiada também por organizações financeiras globais, diversas empresas e bancos centrais.
Reino Unido e União Europeia
A UE é uma união econômica e política formada por 28 países, com origens que remontam à criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE) em 1957, após assinatura do chamado Tratado de Roma por seis países. Após longo esforço, o Reino Unido ingressou na comunidade em 1973.
Dois anos mais tarde, em 1975, o país foi às urnas para decidir se deveria continuar fazendo parte do bloco. Assim como hoje, as questões econômicas estavam no centro dos debates. O resultado, porém, foi difernete: 67,2% dos eleitores disseram sim, e apenas 32,8% defenderam a saída da CEE.
DW.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário