Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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domingo, 17 de julho de 2016

"ARTIGO : Troca de marchas"

Tenho acompanhado os governos estaduais e Mato Grosso desde 1976. É regra geral que entre o primeiro e no segundo ano enfrentem crises até mesmo de identidade. É um ciclo claro. O começo é a lua de mel. Com o passar do tempo a realidade pesa sobre os planos e sonhos dos governantes. É hora de encarar a segunda metade da realidade: as adversidades, e a partir delas construir a gestão que será lembrada no fim do mandato. Trago o assunto porque o governo Pedro Taques está entrando na segunda fase da gestão, a que será lembrada no futuro. Na primeira passou a lua de mel e enfrentou as crises necessárias. É natural o amadurecimento e a mudança de muitas posturas. Na semana que passou vi o governador viajando pelo Estado e adotando uma linguagem conciliatória e construtiva.
Bom começo para o segundo ciclo. Ninguém convive bem com as crises. Não posso deixar de registrar duas crises em particular: a do governo Júlio Campos (1983-1986), Carlos Bezerra(1987/1989). Em ambos somaram-se crises políticas e crises financeiras. Como agora. Muitos desgastes aparentemente intransponíveis. Júlio Campos, político nato, superou bem. Bezerra, mais teimoso agravou as crises. Mesmo assim ambos governaram depois da crise. Dante de Oliveira (1995-2002) teve uma grande crise em 1995 e 1996, mas conseguiu superá-la mudando o discurso e toda a postura do seu governo.
            Curioso, é que a sociedade compreende essas trocas de marchas. Não só compreende, como aceita. Portanto, a gestão Pedro Taques está diante de um quadro muito animador. Uma crise econômica nacional em vias de se arrumar a partir da consolidação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Uma disposição de investimentos e a boa vontade mundial com o Brasil voltando na forma de investimentos e a boa vontade do mercado internacional. Mato Grosso já é e será o destino certo de muitos investimentos em áreas importantes por sua vocação produtora de alimentos.
            Se for feita a reforma administrativa esperada e recuperada a economia, governar a partir de 2017 será muito mais fácil. Em Mato Grosso nunca se respirou pessimismo contra governos. Muito menos agora que o governo atual recebeu uma dose enorme de confiança popular. Uma questão de ajustes na troca das marchas e acelerar forte pra frente. Os cenários são favoráveis e serão muito mais a partir de 2017.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
onofreribeiro@onofreribeiro.com.br   www.onofreribeiro.com.br

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