
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um apelo em prol do respeito aos "direitos fundamentais" na Turquia e afirmou que a interferência militar nos assuntos de qualquer Estado é "inaceitável".
"É crucial respeitar o regime civil e a ordem constitucional de uma forma rápida e pacífica, de acordo com os princípios da democracia", disse Ban por meio de seu porta-voz em declaração oficial.
Já o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, pediu "calma e moderação" e "total respeito" às instituições democráticas e à Constituição turca. "A Turquia é um valioso aliado da Otan", sublinhou Stoltenberg em comunicado.A União Europeia (UE) também destacou a importância da parceria com a Turquia ao declarar apoio às instituições democráticas no país. Em comunicado, líderes do bloco, que participam de uma cúpula na Mongólia entre países da Europa e da Ásia, clamaram por um rápido retorno à ordem.

Logo no início do caos na Turquia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também fez um apelo para que o país evitasse qualquer "derramamento de sangue" e insistiu que os problemas turcos deveriam ser resolvidos "de acordo com a Constituição".
Também em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia está "profundamente preocupada" com a situação na Turquia, e garantiu que o presidente Vladimir Putin está acompanhando o caso de perto junto a Lavrov e aos serviços de inteligência.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, clamou por apoio ao governo "democraticamente eleito" de Ancara. O líder ligou para o secretário de Estado americano, John Kerry, que está na Europa, para "discutir os acontecimentos na Turquia", informou a Casa Branca em comunicado.
Ambos concordaram que "todos os partidos turcos devem apoiar o governo democraticamente eleito, mostrar moderação e evitar qualquer tipo de violência ou derramamento de sangue".
A provável candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, também pediu apoio ao governo turco. "Estou acompanhando os eventos na Turquia com grande preocupação", afirmou Hillary em comunicado, no qual pediu "calma" e "respeito" pelas leis, instituições e liberdades.
No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, também pediu cautela. "O governo brasileiro insta todas as partes a se absterem do recurso à violência e recorda a necessidade de pleno respeito às instituições e à ordem constitucional", disse o ministro em comunicado.
A nota também comunicava que a Embaixada do Brasil em Ancara e o consulado brasileiro em Istambul funcionam em regime de plantão de 24 horas e estão atentos à situação dos brasileiros, inclusive aqueles que integram delegações oficiais em visita à Turquia.
EK/efe/afp/ap
DW
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