
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, responsável pela coordenação da missão de abastecimento, afirmou que o decreto que dá aos militares o poder de forçar as empresas privadas a comercializar bens essenciais se justifica por questões de "segurança e defesa da nação". "Assumimos o controle sobre alguns portos e começamos a ir a alguns armazéns, depósitos e empresas públicas e privadas", disse o ministro. Na segunda-feira, o presidente havia dito que a missão deverá pôr fim à prática de oficiais corruptos que desviam as entregas de alimentos à população para revendê-los no mercado negro.
Segundo um estudo da Universidade Simon Bolívar, nove em cada dez venezuelanos não conseguem comprar quantidades suficientes de alimentos, enquanto a diminuição dos estoques leva ao aumento dos preços. Os venezuelanos aguardam, em média, 35 horas por mês em longas filas para adquirir alimentos subsidiados. Enquanto isso, aumentam os protestos e os atos de violência, ameaçando a estabilidade social.
Maduro atribui as diversas crises que o país atravessa a uma "guerra econômica" e a sabotagens levadas adiante pela oposição e pelos Estados Unidos. A oposição, por sua vez, culpa as políticas do presidente pelo ao caos econômico.
RC/afp/ap/rtr
DW
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