No contexto de ampliar a participação significativa de adolescentes do município de Várzea Grande em políticas públicas ofertadas pela Secretaria de Assistência Social é que foi criado o projeto “Juventude Ativa”, que aumenta oportunidades aos jovens de 12 a 17 anos de comunidades mais carentes a ingressarem em mercado de trabalho, por meio de cursos técnicos de inclusão social. Na tarde desta quarta-feira (13), foi realizado encontro entre os grupos participantes do projeto no salão Paroquial da Igreja São Sebastião. Na oportunidade trocaram experiências, por meio de apresentações das várias categorias do projeto.
Cerca de 402 jovens demonstraram na prática o que aprenderam nas oficinas de dança, música, teatro, informática e cartazista no decorrer do semestre transformando o evento num festival sociocultural. “A ideia foi de promover o encontro, onde os alunos pudessem aprender e trocar experiências a respeito de técnicas e abordagens que aprenderam nas oficinas e palestras oferecidas pelo programa, bem como a oportunidade de se relacionarem e se conhecerem. A qualidade artística/cultural apresentada é fruto das diferentes realidades em que vivem os jovens em suas comunidades. O que enriquecem a miscigenação da arte, cultura e cidadania”, pontuou a secretária.
A coordenadora de Atenção Básica, Vanessa Navarro disse que as atividades são voltadas para o desenvolvimento de competências para a vida e para o exercício da cidadania, fomentando a participação de adolescentes e jovens nos espaços de discussão sobre seus direitos e deveres. “O projeto também trabalha com ações que identificam os potenciais deste público e, com isso, desenvolve formação específica, visando criar estratégias e ferramentas para um futuro de progresso”.
Para Erika Cristina de Amorim, 14 anos, bairro Ponte Nova da oficina de teatro, a idéia de unir os grupos foi inovadora e transformadora. “Conhecer pessoas diferentes vindas de outras comunidades nada mais é do que conhecer o universo do outro. A nossa cultura está tão enraizada que temos pontos em comuns, os talentos. Eu faço oficina de teatro e conhecer a interpretação de outros grupos percebi que não tem diferença na arte de interpretar, existe sim um expressivo universo para ser explorado. Já escolhi minha profissão, quero ser atriz, vou me ingressar numa faculdade de artes cênicas”, disse.
Ariele Francisca Silva, 13 anos, do bairro Serra Dourada, da oficina de dança, falou que o fato de participar das oficinas e hoje conversar com outros jovens da área da música deixou ela bem animada, contudo que ainda pode viver e compartilhar com o meio musical. “Os jovens de outras comunidades puderam ver nossa atuação e com a troca de experiências e ideias enriquecerão ainda mais nosso repertório musical.
“Entrei para o projeto pensando em evoluir com a tecnologia da informática, tenho apenas 12 anos e sempre me destaquei e tive afinidade com tecnologia, o que me ajudou muito na concentração na escola. “Fico interessado em aprender cada vez mais, o curso tem ajudando em trabalhos da escola, onde preciso utilizar programas de computador e tudo que a internet oferece. Sonho em ter um bom emprego no futuro e por isso tenho que estudar bastante. Faço informática neste projeto e pretendo também fazer um curso de inglês para ajudar meu ingresso em uma empresa porque já tenho essa capacitação”, falou o adolescente João Henrique Cabral, 12 anos, do bairro São Mateus, da oficina de informática.
A participante do projeto Caroline Silva, 12 anos, do bairro Ouro Verde da oficina de música deu um show na sua apresentação musical com a canção “Deus me Ama”, demonstrou habilidade e domínio tanto no canto, quanto no violão. “Quando soube que iam oferecer a oficina de violão no meu bairro me inscrevi. Gosto muito de música. Não teria condições de pagar um curso e graças ao projeto estou desenvolvendo meus talentos”.
A solenidade de encerramento da primeira etapa de 2016 contou com apresentações musicais, teatrais, danças e exposições da confecção dos cartazistas produzidos nas oficinas.
O projeto “Juventude Ativa” foi implantado desde 2015, em 20 bairros periféricos do município, com a capacidade de atendimento 500 jovens de 12 a 17 anos. O projeto tem a finalidade de levar mais direitos e participação em atividades lúdicas de transformação, procurando fortalecer os mecanismos de implementação de ações integradas e intersetoriais na promoção e proteção dos direitos do adolescente em todo seu território. O projeto ocorre de segunda a sexta-feira no contra turno escolar dos adolescentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário