
"A democracia e suas instituições legítimas devem ser respeitadas. Vamos afirmar, ao lado dos ministros, que obviamente isso [a tentativa de golpe] não significa que o império da lei e o sistema de equilíbrio e fiscalização [entre os poderes] não valem mais. Ao contrário, eles devem ser protegidos para o bem do país. Vamos enviar uma mensagem forte nesse sentido", advertiu Mogherini."Grande limpeza"
A Turquia passou por uma tentativa de golpe de Estado na noite da sexta-feira passada, que se estendeu pela madrugada, mas o presidente Recep Tayyip Erdogan e governo recuperaram o controle sobre o país na manhã de sábado.
Depois disso, Erdogan anunciou uma "grande limpeza" nas instituições do país. O último balanço do governo turco contabiliza cerca de 6 mil pessoas detidas, entre eles cerca de 2.900 militares.
Segundo a imprensa local, 103 generais e almirantes foram detidos e levados a tribunais, que decidirão se ficam em prisão preventiva.
Quase 3 mil mandados de detenção foram emitidos contra juízes e procuradores desde a tentativa de golpe, que oficialmente deixou ao menos 290 mortos, entre os quais mais de cem golpistas.
Autoridades de segurança anunciaram que 7.850 agentes policiais foram suspensos por suspeita de ligação com o golpe. Quase 9 mil funcionários públicos foram demitidos de seus cargos.Pena de morte
A declaração de Erdogan, de que pretende reintroduzir a pena de morte no país, também foi duramente criticada na União Europeia. A pena capital foi formalmente abolida na Turquia em 2004.
A reintrodução da pena de morte certamente minaria os esforços da Turquia para entrar na União Europeia, que ganharam um novo fôlego no âmbito de um amplo acordo para conter a migração da Síria e do Iraque para a Europa.
DW
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