
Senhores brasileiros, saibam de antemão que, especialmente na era petista, – está provado e reiterado –, se institucionalizou e tomou força a corrupção como política de Estado. Quem não entrasse na corriola era sacrificado. Representantes venais, em nome de eleitores ingênuos e com o apadrinhamento de caciques mal-intencionados, avançaram sobre a máquina pública, não encontrando limites ou freio. O aparelhamento estatal para saquear os cofres virou regra. Fez parte da rotina. Teve método e hierarquia definidos. Eis o saldo do populismo barato instaurado pelos que diziam representar o povo em causas justas.
Mentira! Simples assim. Eles irrigaram as contas da patota e saíram com o discurso de vítimas de golpe. As gravações, relatórios processuais e documentos provam. Nunca mais acredite nessa propaganda enganosa. Foi usada em várias ocasiões para furtar os seus sonhos e sofrida poupança. Cínicos, os assaltantes da riqueza nacional negam até a morte. Como num jogral ensaiado, logo após a divulgação da lista de envolvidos, a qualquer um que se perguntasse sobre a sua participação no esquema, vinha a resposta padrão: “Não foi comigo”, seguidas de epítetos como “as contribuições a minha campanha eram absolutamente legais”, “desconheço”, “não sei de nada disso”, “são inverdades”, “sempre atuei na legalidade”. Ilegal, com certeza, é a ilusão publicitária que esses arrivistas buscaram transmitir à população nos últimos tempos. Nojentas agremiações deram guarida à gatunagem sistêmica. Estava afinal certo o parlamentar, misto de menestrel oficial, Romero Jucá, quando disse que todos participaram da suruba. Desqualificados agora correm atrás de salvar o próprio pescoço. Sumiram de Brasília, que arde em chamas. Não mostram o mínimo de respeito ou de comiseração para com o eleitor, brasileiros que na maioria dos casos sofrem as chagas de um desemprego lancinante e de estruturas públicas entregues à falência. Tome-se o caso emblemático do estado do Rio de Janeiro, onde o ex-governador, já preso, Sergio Cabral, pintou e bordou. Comparsa de primeira hora do chefe de quadrilha, Lula, ele foi pego nas mais variadas circunstâncias de desfalques às finanças públicas.

Sobre o autor
Carlos José Marques é diretor editorial da Editora Três
Nenhum comentário:
Postar um comentário