
Teve quem vibrasse
Por Brasília, nos corredores, deputados revelam ter vibrado quando viram que alguns, a exemplo de Paulo Rubem Santiago e Onyx Lorenzoni (DEM/RS), apareceram na lista de Fachin. "Paulo Rubem pagou pela língua. Posar de vestal, como ele posou, e tirar onda...", disparou um, referindo-se ao fato de o ex-deputado, recém filiado ao PSOL, ter, nas redes, sapecado o seguinte: "Pernambuco está bem representado no time a ser investigado". Paulo o fez antes de saber que seu nome também integrava a relação.
Feitiço > No caso de Onyx, ele foi o relator do projeto sobre as medidas de combate à corrupção, é um dos integrantes da chamada "bancada ética". "Se posicionava como vestal, jogou a Câmara contra a sociedade", criticou outro deputado federal, em reserva. O gaúcho será investigado por falsidade ideológica eleitoral, e teria recebido R$ 175 mil para a campanha de 2006.
De anos > Durante depoimento, um dos delatores da Odebrecht, João Pacífico, descreve a relação antiga da empresa com Pernambuco, grifando que o fundador, Norberto Odebrecht, é pernambucano. Daí, contextualiza que tem relação próxima a muitos políticos, quando cita, entre os exemplos, José Chaves e Jarbas Vasconcelos.
Motivações > Pacífico, indagado sobre a razão de ter doado ao peemedebista, responde que não havia interesse específico em alguma obra ou projeto, era alguém com quem ele tinha relação de longa data, sublinha conhecê-lo há mais de 30 anos.
Exterior > Ministro das Cidades, Bruno Araújo, que se posicionou, ao longo da semana, por mais de uma vez, após ver nome na lista de Fachin, se encontrava em Lisboa.
Ângulo > O twitter do MPCO reproduziu a seguinte frase do procurador da República, Deltan Dallagnol: "Não vamos desistir do nosso País. Eu decidi não desistir". O texto é similar ao empregado por Eduardo Campos na última entrevista ao Jornal Nacional. O ex-governador é citado por delatores, inclusive por Marcelo Odebrecht.
Ampulheta > Nas coxias, políticos pernambucanos citados na lista de Fachin dizem que já esperavam. Há quem ache até que demorou demais para sair.
Por: Renata Bezerra de Melo
Foto: Colunista
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