O deputado Evandro Gussi (PV-SP) assumiu nesta terça (18/4) o cargo de corregedor parlamentar da Câmara dos Deputados. A Corregedoria Parlamentar tem como competência analisar as representações contra deputados federais relacionadas à quebra de decoro parlamentar. Questionado sobre o momento de crise política decorrente da Operação Lava Jato, em que o comportamento dos parlamentares é alvo de críticas pela sociedade, Gussi fez uma analogia com a queima do cerrado.
“Após uma queimada, o cerrado renasce. É quando o verde volta a brotar. Se a política se encontra arrasada, destruída, é preciso trabalhar para fazê-la renascer”, disse o parlamentar.
Gussi, que é professor de Direito, Filosofia e Política, lembrou que “a dignidade da política precisa ser reconhecida e valorizada. Onde não há política e as instituições não funcionam, sobrevém a guerra”.
Autonomia
O deputado Cláudio Cajado (DEM-BA), que deixou a Corregedoria após cinco meses de atuação, destacou a importância da autonomia conferida pelo Regimento Interno ao órgão.
“Zelar pelo decoro, disciplina interna e acima de tudo permitir que aqui se processem denúncias ligadas à quebra de decoro por deputados federais é uma atividade fundamental neste momento”, afirmou Cajado.
Falsas denúncias
Presente à posse, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, ressaltou que, muitas vezes, a Corregedoria Parlamentar, ao apurar denúncias contra deputados, conclui por tratar-se de calúnias, cujo objetivo é simplesmente denegrir a imagem dos parlamentares.
Para Evandro Gussi, é fundamental apurar denúncias de fato procedentes, “mas é importante também o reconhecimento da dignidade do mandato conferida pelo voto popular”.
A Corregedoria Parlamentar apura denúncias de quebra de decoro por deputados federais apresentadas por cidadãos. Além da devida identificação do denunciante, é necessária a apresentação de provas ou a indicação de onde possam ser obtidas, com vistas à apuração dos fatos.
Da Redação - NA
Com informações da assessoria da Corregedoria
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